O Bahia entrou em campo, nesta quinta-feira (25), diante do Athletico-PR, com quatro mudanças em relação à partida contra o Ceará. Gilberto e Thaciano, titulares, deram lugar a Maycon Douglas e Thonny Anderson. Jonas e Renan Guedes, normalmente reservas, “devolveram” as posições para Patrick de Lucca e Nino Paraíba. Segundo o técnico Dado Cavalcanti, esse tipo de mesclagem será comum durante a temporada.

“Estou tentando colocar em campo o que temos de melhor. Hoje tinham dois jogadores que não dariam 100% se iniciassem o jogo, e nós correríamos sérios riscos de perdê-los por um tempo maior. Hoje tomamos um susto com Conti. Vamos avaliar qual foi a gravidade do problema muscular que ele teve no começo do jogo, mas seremos sim cautelosos em avaliar quais serão os jogadores que estarão na melhor condição. A equipe ideal talvez não seja, na cabeça do nossso torcedor, a ideal tecnicamente. Mas vai ser aqueles jogadores que têm mais condição de imprimir um ritmo forte e consequentemente dar mais na questão técnica”, afirmou, em entrevista coletiva.

A presença de dois pontas de força, Maycon Douglas e Rossi, no primeiro tempo, foi visto pelo comandante como algo que facilitou a pressão na saída de bola do Athletico. Mesmo antes da expulsão, o Tricolor tinha mais posse de bola no campo de ataque e dominava as ações da partida.

“Acho que essas mudanças nos deram oxigênio, intensidade para enfrentar um adversário que é muito forte, que se defende muito bem, as linhas defensivas do Athletico são muito próximas (…) Eu creio que essa condição traz um pouco mais de agressividade nos flancos do campo, e a recomposição defensiva faz com que tenhamos mais proteção do lado do campo. Tinha uma preocupação do jogo interno do Athletico porque tínhamos mais um reforço dos lados, perderíamos o reforço por dentro na marcação. Mas não sofremos tanto por dentro, sofremos mais nas bolas longas, nos cruzamentos. Mas concordo que foi importante para ser uma equipe mais agressiva, que subiu as linhas e pressionou um adversário que joga bem em seu campo, e isso foi determinante para aquela mudança de chave, para trazer uma equipe com mais agressividade”, complementou.

Com o triunfo por 2 a 1, o Esquadrão subiu para a quarta colocação, e o próprio comandante confessou que não esperava tamanho sucesso no início do Brasileirão. Porém, destacou também que este ano “já está sendo diferente” dos anteriores.

“Nosso ano começou muito bom. Saímos do rebaixamento. Fizemos uma Sula regular, oscilamos muito, não classificamos, mas já estamos na terceira fase da Copa do Brasil, fomos campeões da Copa do Nordeste. Poderemos perder jogos, despencar na tabela, mas estou convicto que o nosso ano é diferente. A minha expectativa é atingir o objetivo no final do campeonato. Confesso que ninguém esperava o Bahia em quarto, mas acredito que chegamos com mérito, com o que temos apresentado. Temos limitações, mas temos disposição e vontade de vencer”, ressaltou.

PROBLEMAS NA ZAGA?

Durante a partida, o zagueiro German Conti sentiu o músculo da coxa esquerda e precisou deixar o gramado. O Bahia fará exames nesta sexta-feira (26) para entender exatamente qual é a gravidade da lesão. Em seu lugar, entrou Luiz Otávio, que protagonizou a falha no lance do gol do Furacão. Questionado sobre o motivo da insistência com o zagueiro ex-Chapecoense em detrimento de Lucas Fonseca, Dado afirmou que “[Lucas] tem uma participação efetiva em toda a construção do vestiário. É um cara extremamente atuante. Tenho, nele, uma confiança muito grande. A condição de jogar ou não são opções, detalhes e óbvio que não vou ficar nas minúncias de quem jogou bem, quem jogou mal. Lucas está bem, está treinado, aguardando a requisição, e não tenho dúvida que quando requisitado vai estar pronto para dar a resposta”.

O Tricolor negocia a contratação de mais um zagueiro, Ligger, para o restante da temporada. A possibilidade foi exaltada pelo treinador. “Ligger está em processo de negociação. É um zagueiro que tem uma construção muito boa. Estamos mudando um pouco a característica da equipe de 2020 para 2021. Temos contratado muito mais atentados à condição de jogo mesmo. Ligger é um zagueiro canhoto, com excelente construção, rápido, que tem boas recuperações. Nessa condição de negociação espero que tudo corra bem e que ele possa ser mais um a contribuir, já que o ano é longo, a sequência é dura, e vamos precisar de muita gente ainda”, disse. (Bahia Notícias)