Até 2020, a distância social, praticada com maior frequência na cultura nórdica, era alvo de críticas, especialmente de pessoas mais amorosas. Uma das quedas de protocolo mais marcantes da vida da princesa Diana foi justamente a de cumprimentar afetuosamente as pessoas, rompendo com a distância física esperada da realeza. A questão da proximidade e de troca de carinho em público virou também um dos ‘defeitos’ apontados em Meghan Markle.
Tudo mudou com o novo coronavírus. Agora, evitar os toques ou estar muito perto das pessoas pode custar vidas. E o peso emocional da distância já tem afetado muita gente. Por isso, o Dia Mundial do Abraço, celebrado no dia 22 de maio há 16 anos, marca um novo momento. Ele hoje é virtual, mas com a mesma importância. Se não, maior.
O Dia Mundial do Abraço surgiu na Austrália, por iniciativa de uma campanha de 2004, quando Juan Man começou a oferecer ‘abraços de graça’ no centro de Sydney, a maior cidade do país. Man tomou a iniciativa ao vencer uma fase de depressão e solidão e decidiu que o carinho aleatório, mesmo de uma pessoa estranha, poderia salvar vidas ao demonstrar, simplesmente, carinho. “Eu estava em uma festa e uma pessoa desconhecida veio até a mim e me abraçou. Me senti como um Rei, foi o melhor sentimento que tive”, ele contou na época.
Com o cartaz ‘abraços grátis’, Mann começou a receber e dar abraços nas pessoas nas ruas e ganhou notoriedade. Em 2006, a banda australiana, Sick Puppies, postou um vídeo no Youtube com a música “All the Same”, mostrando o movimento e viralizou. Até hoje é um dos mais assistidos do site, com mais 1 milhão de visualizações.
A proposta do dia é de dar exemplo com um ato de bondade para fazer com que as pessoas se sintam melhor. Com a pandemia e a mudança de costumes, o contato físico não é recomendado. Porém, o virtual, é absolutamente gratuito. Se sintam abraçadas! (Claudia)