Diretor diz que BC não pode reagir com emoção aos dados econômicos

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirma que a intuição está “cautelosa”

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Os dados econômicos exigem cautela. A afirmação foi do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, que afirmou na noite desta terça-feira (5) que a autarquia está analisando com muita atenção os dados econômicos para não reagir de forma emocional aos chacoalhos macroeconômicos. A fala aconteceu durante evento de lançamento de consultoria do economista André Perfeito, em São Paulo.

Ao comentar a inflação de serviços, que tem se mostrado resiliente e é um ponto de atenção para o Copom (Comitê de Política Monetária), Galípolo afirmou que ainda há dúvidas com relação à influência que o mercado de trabalho aquecido, com alta na massa salarial, tem na inflação de serviços.

“Dá para dizer que é transmissão de salários para serviços? Eu acho que é preciso mais tempo para ver se é isso”, disse Galípolo, afirmando ser esse um consenso entre os diretores do BC.

Segundo o ex-secretário do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, há uma queixa no mercado com relação a uma ênfase dada pelos BCs ao mercado de trabalho, sendo que não necessariamente há uma relação direta entre a queda na taxa de desemprego e a inflação de serviços. “A gente está dependente de dados, o que significa que a gente se apoia em todos os modelos”, afirmou Galípolo.

Segundo o diretor do BC, a autarquia neste momento precisa reunir o máximo de informações possíveis, não reagir de forma emocional, ter humildade e entender de que forma as decisões do Copom podem causar o menor dano possível. (Bahia.ba)

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