Mesmo com tantas ações de prevenção, ouvir falar em casos de discriminação religiosa é cada vez mais comum no Brasil. Foram, em média, 8 denúncias feitas todos os anos ao Disque 100, desde 2011 até agora, sendo que, até o primeiro semestre de 2019, dados mais atualizados, o serviço recebeu 174 ligações, o que significa uma média mensal de 29 registros.
A Bahia, conhecida como o berço da diversidade e do sincretismo, onde todas as religiões conversam, ocupa a terceira colocação nacional entre os estado onde mais aconteceram casos de discriminação notificados ao Disque 100. Foram 158 ligações, uma média de 19 telefonemas por ano. À frente estão apenas São Paulo, com 454 casos, e Rio de Janeiro, com 390.
No início de dezembro do ano passado, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) divulgou que 90% dos registros relacionados a intolerância religiosa no estado envolviam religiões de matriz africana, sendo que Salvador lidera como o município mais discriminatório. Foi registrado na cidade aumento de 81,4% dos casos em 2019, comparado com o mesmo período de 2018.
No Brasil, Tocantins e Roraima são os dois estados onde a população menos usou o Disque 100 para casos de discriminação religiosa, com apenas uma ligação cada no período entre 2011 e junho de 2019. (BNews)