Dólar fecha em alta e se aproxima dos R$ 5,30 após crise no Credit Suisse abalar Bolsas pelo mundo

Contudo, moderou ligeiramente os ganhos após dados americanos mais fracos do que o esperado sobre varejo e inflação ao produtor.

Foto: Acervo Voz da Bahia

Após temores sobre o Credit Suisse ressuscitarem medos mais amplos sobre o setor financeiro internacional, na esteira de falências de bancos nos Estados Unidos, o dólar comercial fechou abaixo dos R$ 5,30, mas ainda assim teve ganhos, com investidores voltando a fugir para ativos seguros. O movimento esteve em sintonia com o exterior, onde o dólar também subia ante uma cesta de moedas fortes e em relação às demais divisas de países exportadores de commodities. O Banco Nacional Suíço, autoridade monetária da Suíça, informou que o Credit Suisse está atualmente bem capitalizado, mas que o banco central fornecerá liquidez adicional, caso seja necessário.

A divisa americana comercial subiu 0,70%, a R$ 5,294 na compra e na venda, após atingir R$ 5,329 na máxima do dia, maior patamar intradiário desde o dia 6 de janeiro. Contudo, moderou ligeiramente os ganhos após dados americanos mais fracos do que o esperado sobre varejo e inflação ao produtor.

As ações do Credit fecharam em forte queda de 24,24% nesta quarta e levaram a uma sessão de forte aversão ao risco nos mercados em geral, após o principal acionista da instituição suíça, o Saudi National Bank (SNB), da Arábia Saudita, descartar a hipótese de oferecer mais assistência financeira à empresa. “A resposta é absolutamente não, por muitas razões além da razão mais simples, que é regulatória e estatutária”, disse o presidente do SNB, Ammar Al Khudairy.

Na véspera, o Credit Suisse já havia dito ter identificado “fraquezas significativas” na divulgação de resultados financeiros dos últimos anos em função de controles internos ineficientes. No relatório anual de 2022, o banco suíço disse que sua liderança, incluindo o CEO Ulrich Körner e o diretor financeiro Dixit Joshi, que começaram a trabalhar na instituição no ano passado, concluiu que seus controles não são eficientes. (BNews)

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