Dólar sobe 0,2% e fecha cotado a R$ 3,79 com declarações de Trump

Foto: Marcelo Casal Júnior/Agência Brasil

O dólar teve novo dia de valorização nesta terça-feira (30), influenciado pelo noticiário internacional. Com o noticiário local esvaziado, a liquidez seguiu baixa, indicando que os agentes estão evitando fazer apostas mais firmes antes do final da reunião da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e do Banco Central do Brasil, ambas nesta quarta-feira.

O dólar à vista fechou em alta de 0,22%, a R$ 3,7915, perto das máximas do dia. A queda expressiva das ações do setor financeiro, em um ambiente negativo nas bolsas internacionais, impôs perda de 0,53% ao Índice Bovespa nesta terça-feira, marcando 102.932,76 pontos. Declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a China e indicadores mistos da economia americana acabaram fortalecendo a moeda americana no mercado internacional, influenciando os negócios aqui. Trump declarou que se for reeleito, as negociações comerciais com a China serão “duras”.

Mais tarde, falou que as conversas “estão indo bem”. Além disso, Trump defendeu novamente um corte mais radical de juros pelo Fed. Investidores também monitoraram uma série de indicadores divulgados hoje nos EUA. Um deles, a confiança do consumidor, veio bem melhor que o previsto, ajudando a reforçar a visão de que o ciclo de corte de juros na economia americana pode não ser tão intenso. “Enquanto permanece o debate sobre o tamanho da primeira redução, o mercado continua a precificar com a certeza de 100% de que haverá um corte”, afirma a economista da corretora Stifel, Lindsey Piegza.

Para os estrategistas do Rabobank, o Fed deve cortar os juros em 0,25 ponto porcentual, mas os fluxos de capital para emergentes em busca de retorno maior, que ajudaria a valorizar estas moedas, não devem repetir o que ocorreu em outros períodos. Para eles, as negociações comerciais entre a China e os EUA devem manter os investidores em alerta e limitar maiores movimentos, na medida em que um acordo entre as duas maiores economias do mundo não deve ser alcançado em breve. Leia mais no Estadão.

Estadão Conteúdo

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