O dólar se manteve nesta terça-feira (22) abaixo dos R$ 5 e engatando seu quinto pregão seguido de baixa.
A moeda norte-americana fechou o dia em queda de 0,60%, cotada a R$ 4,9142. Este é o menor patamar de fechamento desde 24 de junho de 2021 (R$ 4,9034). Na mínima da sessão, chegou a R$ 4,9051.
Na segunda-feira, o dólar fechou em queda de 1,43%, cotado a R$ 4,9440. Com o resultado desta terça, passou a acumular recuo de 4,69% no mês. No ano, tem baixa de 11,85% frente ao real.
Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, avançou nesta terça-feira, em meio aos ganhos das ações nos Estados Unidos e à medida que o mercado local digeria o conteúdo da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC).
Os bancos puxavam o avanço do índice, enquanto a Vale cedia na ponta oposta.
Às 11h27, o Ibovespa subia 1,03%, a 117.353,54 pontos, após quatro alta seguidas. O índice não alcançava os 117 mil pontos desde setembro de 2021. O volume financeiro era de R$ 7,6 bilhões.
O Copom avaliou que o conflito entre Rússia e Ucrânia pode ter consequências de longo prazo para a inflação, o que pode exigir uma alta ainda maior da taxa básica de juros brasileira. As observações constam na ata da última reunião do comitê, quando a Selic foi elevada de 10,75% ao ano para 11,75% ao ano.
Os juros em patamares elevados no Brasil e o diferencial em relação aos juros nos EUA e outras economias têm contribuído para o fluxo de dólares para o país e para a valorização do real em 2022. O Brasil possui atualmente a segunda maior taxa de juros reais no mundo, atrás somente da Rússia.
Os analistas do mercado financeiro elevaram pela décima semana seguida a estimativa de inflação deste ano, que passou de 6,45% para 6,59%, segundo boletim Focus divulgado no dia anterior pelo Banco Central. Os analistas também elevaram a estimava para a Selic no fim de 2022. Agora, projetam que a taxa pode chegar a 13% ao final do ano. Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2022 permaneceu em R$ 5,30. (bahia.ba)