Maria Valentina ainda nem nasceu e já faz os pais Ludmila Pereira, de 24 anos, e Francisco Manueres transbordarem de amor e alegria. Durante um exame de ultrassonografia, feito nesta quinta-feira (13), a bebê fez um coração com as mãos para a mamãe.
A fisioterapeuta Ludimila está no sétimo mês de gravidez e foi para o pré-natal de rotina na Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco, nesta quinta. Na unidade, ela foi escolhida para fazer uma ultrassonografia em 3D pelo médico Weliton Ferreira, que estava no local com o aparelho e uma estudante de medicina.
“Essa é uma ultrassom em 3D, que um médico me presenteou. Ele que tirou a foto pelo celular, percebeu e tirou. Como tinha ganhado, ele não imprimiu, ficou só laudo. Foi muito rápido porque ela estava se mexendo muito”, conta.
Gesto
A fisioterapeuta conta que se preparou para gravar o exame com o celular, mas quando o médico começou a filha fez o gesto bem rápido e só deu tempo tirar uma foto do momento. Mas, o tempo foi suficiente para deixar a mamãe emocionada.
“Ele falou que ia começar e quando se posicionou ela já estava assim. Foi muito rápido, ele já pegou meu celular e tirou e nem apareceu nome, data e nem mais nada. Fiquei emocionada, perguntei se era possível e ele até brincou dizendo que um dia após o Dia dos Namorados era tudo possível”, relembrou.
Para a mãe, o médico explicou que o gesto foi um reflexo da filha devido à forte luz do aparelho. A luz causou sensibilidade no bebê, que levou as mãos no rosto e durante o encontro das mãos acabou fazendo gesto que parece um coração.
“Explicou que era por conta da sensibilidade, que a luz estava muito forte e a sensibilidade estava incomodando ela. Isso [gesto] foi um reflexo dela. Explicou também que, geralmente quando faz o exame, o bebê está com as mãos no rosto, mas com a minha ele ficou impactado”, acrescentou.
Esse foi o primeiro exame que Ludimila fez sozinha. Geralmente, ela está acompanhada do marido, o professor de educação física Francisco Manuares, de 30 anos. Mas, nesta quinta, o papai tinha trabalho e não conseguiu acompanhar a mulher.
“Deixei ela na maternidade e depois ela me mandou a imagem. Ficamos impactado, porque não é voluntário e ficou nítido que era um coração. Estamos ansiosos para vê-la, principalmente depois disso. Como todo pai e mãe, a gente conversa muito com ela na barriga e estamos ansiosos”, falou.
Milagre
Ludimila revelou que a filha é um milagre, porque ela tinha dificuldades para engravidar. Ela explicou que foi diagnosticada com endometriose aos 14 anos. As chances de engravidar eram de 2%, mas a fé levou o casal a realizar o sonho de ter um filho.
“Me casei em 2016 e passei três anos para poder engravidar. Nesse meio tempo, como somos evangélicos, colocamos diante de Deus e quando foi dia 30 de novembro descobrimos que estávamos grávidos”, relembrou.
A gravidez ia bem até o mês de maio, quando a fisioterapeuta foi levada às pressas para a maternidade com Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (Dheg). Daí em diante, Ludimila passou a ser acompanhada e fazer o pré-natal na maternidade.
“Passei quatro dias internada na semi-intensiva, fui para enfermaria e passei mais três dias e recebi alta. Comecei a ser acompanhada na maternidade, mas antes meu pré-natal era feito no Hospital Santa Juliana”, finalizou. (G1/AC)