Em S. A. de Jesus, a área de mais casos de dengue e chikungunya foram registradas no Alto Sobradinho, São Benedito e Andaiá

“Vamos ficar cientes, enquanto população, que não adianta só cobrar apenas do poder público, nós enquanto cidadãos, precisamos olhar para si.”

A diretora da vigilância sanitária de Santo Antônio de Jesus, Priscila Oliveira, explicou os altos números de casos de dengue e chikungunya no município.

Priscila conta que a partir do mês de abril e maio teve um acréscimo no número de arboviroses no município, “nesse ano veio de forma atípica, teve um aumento significativo nos casos de chikungunya. No mês de maio tivemos 227, casos ativos de chikungunya e é bom salientar que são subestimados, pacientes que tem dengue, zika ou chikungunya e não são notificados nas unidades de saúde. Para nós, enquanto vigilância epidemiológica, o paciente só está com dengue, zika ou chikungunya se vai até à UPA (Unidade de Pronto Atendimento), o HRSAJ (Hospital Regional) ou as unidades de saúde do nosso município”, explica.

A diretora ainda coloca que inicialmente no mês de abril, quando aconteceu a alta das ocorrências, o Regional e as unidades de saúde acabaram super lotadas, “agora com declínio do número de casos não tem porque esse paciente não estar procurando a unidade de saúde para está notificando. Enquanto vigilância epidemiológica só podemos intervir se tiver notificação e número de casos quantificados de forma fidedigna. A nossa preocupação inicial foi conscientizar as pessoas para fazer esse exame e ter o registro para notificação”, aponta.

Com relação ao carro fumacê, Priscila explica que, hoje em dia, não vem de forma indiscriminada, “só em casos extremos, mesmo porque o fumacê traz muitos danos ambientais, não combate somente a larva do município como também danifica a fauna e a flora, acaba matando a nossas abelhas, os gafanhotos, que são animais muitas vezes benéficos, tem estudos que comprovam esse dano ambiental. Realizamos mutirões nos bairros mais endêmicos do nosso município e incentivamos a conscientização. Se a população não se conscientizar ano que vem, teremos a mesma problemática. Os agentes de endemias fazem um trabalho de conscientização, quem tem que fazer a limpeza da área é o próprio dono do terreno”, informa.

Oliveira comenta os dados do município para a população e apresenta que 110 casos de chikungunya foram notificados no mês de junho, “no mês de maio, tivemos 27 casos de dengue e 227 de chikungunya, não tivemos de zika dentro desses dois meses. A área de mais de casos é no Alto Sobradinho, São Benedito e na região do bairro do Andaiá também”, diz.

Priscila faz um apelo para que a população se conscientize, “vamos ficar cientes, enquanto população, que não adianta só cobrar apenas do poder público, nós enquanto cidadãos, precisamos olhar para si. Vamos observar nosso quintal, ver se tem água parada, se até aquele vasinho de planta que pensamos que não acumula, devemos trocar diariamente, se nosso tanque se está limpo. Então, precisamos nos conscientizar, se nós não se fizermos isso enquanto população, ano que vem, nesse mesmo período, estaremos nessa mesma luta”, finaliza.

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