Escolas e unidades de saúde são fechadas em Feira de Santana por causa da violência

Decisão foi tomada pela prefeitura por causa de relatos de tiroteios e ameaças que deixaram moradores e funcionários com medo.

Foto: Reprodução/Prefeitura de Feira de Santana

Ao menos seis escolas e duas unidades de saúde de Feira de Santana – segunda maior cidade da Bahia, que fica a cerca de 100 km de Salvador – foram fechadas por causa da onda de violência enfrentada no município, na terça-feira (10).

A decisão foi tomada pela prefeitura por causa de relatos de tiroteios e ameaças que deixaram moradores e funcionários com medo. A Unidade de Saúde da Família (USF) Alto do Rosário voltou a funcionar nesta quarta-feira (11). A USF Conceição IV, no entanto, segue fechada.

Já as escolas municipais afetadas seguem fechadas. O g1 entrou em contato com a prefeitura, que informou que vai monitorar as regiões, para saber se há uma previsão de reabertura das escolas. São elas:

  • Escola MunicipalTheódulo Bastos de Carvalho Júnior;
  • Escola Municipal Professor Oscar Damião de Almeida;
  • Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Anchieta Nery;
  • CMEI Professor Doutor Edivaldo Machado Boaventura;
  • Escola Municipal Comendador Jonathas Telles de Carvalho;
  • CMEI Almira Oliveira Santos.

“Recebemos inúmeros relatos sobre os atos violentos que estão acontecendo na comunidade. Orientamos as escolas que notificaram a Secretaria de Educação a fecharem as unidades temporariamente para priorizar a segurança da comunidade escolar”, disse a secretária de Educação, professora Anaci Paim.

O g1 procurou a Polícia Militar, para saber se o policiamento foi reforçado na cidade, bem como se há pontos estratégicos de reforço, e aguarda retorno.

Violência dentro e fora da cadeia

Quatro detentos foram mortos no Conjunto Penal de Feira de Santana, nas últimas semanas. Além disso, diversos assassinatos foram registrados no município. Todas as mortes são investigadas pela Delegacia de Homicídios da cidade.

Das quatro mortes, uma foi registrada no dia 4 de janeiro, quando o interno Egberto de Jesus, de 58 anos, foi encontrado com marcas de agressões dentro de uma cela. Inicialmente, a suspeita era que a morte havia sido provocada por traumatismo crânioencefálico, mas a direção do presídio informou que ele teria infartado.

As outras três mortes ocorreram no dia 8 do mesmo mês. Os detentos mortos foram Júlio César da Silva Rocha, de 31 anos, Everson Avelino de Jesus, de 23, e Marcos Antônio Vitória Nunes, de 32. Dois deles foram decapitados e um asfixiado.

As mortes dos detentos têm relação direta com um “racha” em grupo criminoso, por causa de disputa de poder dentro da facção. Mais de 20 presos têm envolvimento com a situação e foram transferidos para o Conjunto Penal de Serrinha.

Na terça (10), o secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), José Antônio Maria, visitou o presídio de Feira de Santana e disse que medidas serão adotadas para que a situação não volte a acontecer. (g1)

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