O pastor Silas Malafaia, líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, concedeu uma entrevista onde rechaçou a possibilidade de um grande número de evangélicos apoiar nas eleições desse ano os candidatos da chamada “terceira via”, neste caso Ciro Gomes e Sérgio Moro como principais, ou o ex-presidente Lula no polo oposto ao governo atual.
“Sei quem é quem no mundo evangélico. Quem está com Moro, com Ciro e com Lula não representa 1% dos evangélicos. São famosos zé-ninguém. Fico dando gargalhada”, afirmou Malafaia para o portal Metrópoles.
O pastor insinuou que os opositores do atual presidente Jair Bolsonaro estariam agindo por oportunismo, a fim de conquistar o voto dos evangélicos. Malafaia, contudo, acredita que eles “vão quebrar a cara”, pois afirma que “não conquista evangélicos com meia dúzia de palavras. Você conquista com sua história.”
“Não adianta o Moro chegar agora, sendo que foi ministro da Justiça e nunca falou nada de aborto. Mesma coisa é o Ciro Gomes, que tem posturas ideológicas que não têm nada a ver com cristianismo”, disse o pastor.
“Mesma coisa é o Lula, que falou que igrejas eram responsáveis pelo aumento de coronavírus, cujo partido defende valores que vão contra nossos valores e princípios (…). Você não conquista evangélicos com meia dúzia de palavras. Você conquista com sua história”, acredita Malafaia.
Em contrapartida, há líderes religiosos que acreditam ser possível atrair o voto dos evangélicos para Lula, por exemplo. Um deles é o pastor da Assembleia de Deus em Foz do Iguaçu (PR), Paulo Marcelo Schallenberger, que já chegou a ser convidado pelo petista para integrar a sua campanha.
“Se antes política era do diabo, agora é: ‘Se não tivermos um representante, nós seremos governados pelo diabo’. A igreja começou a querer esse poder para si e, daí, nasceu o bolsonarismo”, critica Schallenberger. Para saber mais sobre ele, clique aqui.
por Tiago Chagas / Gospel +