Ex-presidente da Embratur afirma que “jantar teria retorno estimado no evento”

Foto : Billy Boss/ Câmara

Após demissão, a ex-presidente da Embratur (Instituto Brasileiro do Turismo), Teté Bezerra lançou nota de esclarecimento sobre sua saída da autarquia. Bolsonaro teria pedido a demissão da deputada por ela ter contratado um jantar a um custo de R$ 290 mil, pago com dinheiro público. No documento, ela explica que estava demissionária desde fevereiro, mas só enviou carta pedindo exoneração ontem. “Permaneci na função a pedido do ministro, que avaliou que não era oportuna a minha saída naquele momento”, declara. 

Por isso, ela garante que sua saída não está relacionada com “qualquer alegado patrocínio de jantar”. Em relação aos gastos de R$ 290 mil, a deputada esclarece que esse é o orçamento reservado para a participação da Embratur na WTM-LA (World Travel Market Latin America). Um das principais feiras do setor no país, o evento será realizada de 2 a 4 de abril, em São Paulo. “O referido ‘jantar’ é, na realidade, uma ação de relacionamento entre compradores e vendedores internacionais de turismo, uma ação bastante comum em eventos desta importância em todo o mundo, com o propósito de aproximar operadores brasileiros e operadores internacionais”, esclarece.

Teté declarou ainda que a participação da Embratur na feira poderia gerar um retorno de até R$ 5 milhões para a economia. “É preciso lembrar que dados recentes da FGV (Fundação Getulio Vargas) mostram que a cada R$ 1 investido em promoção turística, R$ 17,50 retornam para a nossa economia, gerando emprego e renda para a população”, explica. Ao fim do comunicado, a parlamentar ainda acrescentou críticas ao presidente eleito. “As declarações do Presidente da República, demonstram, porém, mais uma vez, seu total desconhecimento sobre os problemas que afligem o Brasil e o que pode ser feito para que o País se recupere”, finalizou. (Metro 1)


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