FDA autoriza uso emergencial de pílula da Pfizer contra a Covid-19

Pfizer: primeiro medicamento de anticorpos monoclonais autorizados nos Estados Unidos Brendan McDermid/Reuters/VEJA

Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, autorizou nesta quarta-feira, 22, o uso emergencial da Paxlovid, pílula antiviral da Pfizer contra a Covid-19 para pessoas com alto risco de desenvolvimento de doença grave.

O medicamento passa a ser o primeiro remédio que poderá ser tomado em casa para o tratamento da doença. “A autorização fornece uma nova ferramenta para combater a Covid-19 em um momento crucial da pandemia, à medida que novas variantes surgem”, disse Patrizia Cavazzoni, diretora do Centro para Avaliação e Pesquisa de Medicamentos dos Estados Unidos.

Segundo resultados do ensaio clínico, o Paxlovid demonstrou reduzir as hospitalizações em 89% quando administrado a doentes não vacinados de alto risco três dias após o início dos sintomas. “Os eventos adversos associados à droga foram semelhantes aos de um placebo em ensaios clínicos” disse a farmacêutica.

Embora o governo dos EUA tenha encomendado 10 milhões de pílulas da Pfizer, a oferta do remédio deve ser limitada no início, com previsões para aumentar a produção a partir do ano que vem.

“A Pfizer está pronta para começar a entrega nos Estados Unidos imediatamente”, disse o CEO da empresa, Albert Bourla. Segundo as autoridades norte-americanas, 65.000 pílulas estarão disponíveis até o final de 2021 e 250.000 até o final de janeiro. A farmacêutica disse que prevê a produção de 120 milhões de pílulas em 2022.

Até agora, os anticorpos monoclonais infundidos, como o medicamento da Pfizer e o molnupiravir, da MSD – que ainda aguarda autorização do FDA para uso emergencial –, têm sido o principal tratamento para pacientes de alto risco com Covid-19 fora do hospital.

Testes de laboratório também indicam que o Paxlovid pode ser eficaz contra a variante ômicron. A pílula foi autorizada para o tratamento de Covid-19 sintomática em pacientes com 12 anos ou mais e com alto risco de desenvolver doença grave. É administrada duas vezes por dia durante cinco dias, em conjunto com um segundo medicamento chamado ritonavir. (Veja)

google news