Fecomércio: Índice de Confiança do Empresário do Comércio é o maior desde 2020

Foto: reprodução/site do FGV Ibre

O ICEC avançou 0,9% em julho ao passar de 117 pontos em junho para os atuais 118,1 pontos

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) avançou 0,9% em julho ao passar de 117 pontos em junho para os atuais 118,1 pontos. O dado, que é elaborado mensalmente pela Fecomércio-BA, mostrou que essa é a terceira alta seguida e o patamar mais alto desde março de 2020.

Em relação à comparação anual, o crescimento foi de 24,2%, quando em julho do ano passado o indicador estava nos 95,1 pontos.

A pesquisa detalhou que o ICEC varia de 0 a 200 pontos. No intervalo entre 100 a 200 pontos é considerado um patamar de confiança dos empresários de Salvador e, de 0 a 100 pontos, nível de pessimismo. “Quanto mais perto dos extremos, 0 e 200 pontos, mais confiante ou mais pessimista estará o empresário do comércio”, indicou a pesquisa.

Dentre os três índices que integram o ICEC registraram bom desempenho em julho, principalmente o Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), que subiu 2% e chegou perto dos 100 pontos, com 99,5 pontos.

Segundo o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze, em relação a 2021, a base de comparação acaba se tornando fraca.“Há um ano, esse índice estava em 69,3 pontos, ou seja, elevação de 43,6%. Além da recuperação natural da confiança com a retomada da economia, é importante lembrar que nesse período do ano passado começavam a gradual reabertura da economia pós segunda onda de Covid-19, ou seja, sendo uma base fraca de comparação”.

Ainda segundo a pesquisa, mesmo com a avaliação mais otimista, não se restringe a economia em geral, mas também no olhar do setor e da empresa em si. As vendas no comércio de alguns segmentos, como o de vestuário, supermercados e farmácias, tornam essa realidade possível. “Apesar do crédito mais caro, o mercado de trabalho retomando gradativamente contribui para o aumento do consumo. Além disso, o setor ainda se beneficia das injeções do FGTS e da antecipação do 13º salário para aposentados”, pontua Dietze.

Sobre o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) o levantamento indicou uma leve alta de 0,5%, chegando aos 153 pontos, um patamar relativamente elevado de otimismo.

Para o economista, o cenário está sendo mais promissor. Segundo ele alguns fatores da economia nacional devem também colaborar para essa melhora gradual. “E, de fato, o cenário é mais promissor. A chegada do Auxílio Brasil deve trazer uma tração às vendas do comércio ao longo do segundo semestre. Além disso, a inflação começa a ceder, sobretudo nos transportes, o que gera um ganho no poder de compra. E com o mercado de trabalho melhorando, aumenta a capacidade de quitação de dívidas e de consumo por parte das famílias”.

Já o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) cresceu 0,6% em julho e registrou 101,9 pontos. No contraponto anual o avanço foi de 22,9%.

No entanto, segundo a pesquisa, os dados do ICEC indicam uma melhora de cenário para a segunda etapa do ano. De acordo com Guilherme, “embora haja inúmeros desafios, a economia está se recuperando de forma gradativa e cada vez mais sólida. O empresário do comércio sente o alívio com a volta mais segura desse consumidor, com condições de proporcionar resultados mais favoráveis”. (bahia.ba)

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