Salva-vidas da Ilha de Itaparica tiveram que buscar a Justiça na tentativa de garantir melhorias no salário. No município, os profissionais tem como base o mínimo, de R$ 998. Descontados os impostos, o valor líquido que a categoria recebe de remuneração é R$ 900 mensais e nada mais.
Isso porque os seis membros que compõem a equipe de salva-vidas do local não recebem por periculosidade e nem insalubridade. Além disso, tem que tirar o transporte e alimentação do próprio bolso por também não receberem os referidos benefícios.
Eles foram aprovados no concurso de 2016, realizado pela Prefeitura da ilha e começaram a trabalhar em 2018. O certame previa a admissão de cinco profissionais, mais cadastro de reserva. No edital foram exigidos dos candidatos os cursos de primeiros socorros e também de salvamento aquático.
Buscando reverter a situação, a categoria acionou a Justiça. No dia 1º de outubro está marcada uma audiência no Fórum de Itaparica. A expectativa deles é de que haja alguma avanço nas pautas que eles reivindicam.
“Há pouco tempo salvei uma turista de Minas Gerais que estava sofrendo um infarto. Fiz o procedimento para reanimar e deu certo. Salvamos vidas e também arriscamos as nossas. Estamos chateados com essa situação. Não estão valorizando o nosso trabalho”, desabafou Rafael Alves Pimentel, 34 anos.
A reportagem do Varela Notícias entrou em contato com a Prefeitura de Itaparica, mas não obteve resposta até o final dessa matéria. (Varela)