Um novo golpe no WhatsApp foi identificado pelo dfndr lab, laboratório especializado em segurança digital da PSafe, que divulgou informações sobre o ataque nesta segunda-feira (1º). Cibercriminosos se utilizavam do benefício do Fundo de Garantia e Previdência Social (FGTS) como forma de atrair vítimas para roubar dados pessoais. De acordo com o relatório do dfndr lab, o link foi acessado e compartilhado mais de 90 mil vezes.
O golpe teve grande número de acessos e compartilhamentos, já que um dos passos para concluir o falso cadastro no site malicioso requeria que o link seja compartilhado entre os contatos do WhatsApp, aumentando, assim, o número de alcance do ataque e de possíveis vítimas. O mesmo procedimento já havia sido observado pela PSafe antes, em golpes que prometiam cadastro no programa Auxílio Emergencial.
Até o momento, o dfndr lab identificou 15 URLs relacionadas ao golpe do FGTS no WhatsApp, e os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul são os mais afetados. O texto do golpe atrai vítimas, principalmente, por que diz que o benefício pode estar disponível, e oferece um link para que seja consultado:
Consulte se você tem direito ao saque do FGTS no valor de R$ 1.045,00, os saques poderão ser efetuados a partir do dia 04/05/2020
O novo saque de R$ 1.045 do FGTS foi estipulado pelo governo com Medida Provisória (MP) 946/2020 para diminuir os prejuízos econômicos provocados pela pandemia do novo coronavírus. O dinheiro será disponibilizado para saque a partir do dia 15 de junho até 31 de dezembro.
Como se proteger
O diretor do dfndr lab Emilio Simoni alerta quanto aos cadastros efetuados em sites maliciosos: “quando a vítima informa seus dados no link malicioso, fica vulnerável ao vazamento dessas informações pessoais, que podem ser usadas pelo cibercriminoso para realizar a assinatura de serviços online e até para abrir contas em bancos com os dados roubados.”
Portanto, algumas medidas devem ser tomadas para evitar este tipo de fraude. Uma delas é suspeitar de links enviados pelo WhatsApp, por mais que sejam compartilhados por pessoas conhecidas. Outro ponto que também é defendido pela PSafe é a checagem das informações enviadas pelas redes sociais. Antes de clicar em links, faça uma busca rápida na Internet e confirme a veracidade das informações compartilhadas. (TecMundo)