O Google defendeu, em um post no blog oficial, publicado nesta quinta-feira (11), que funcionários escutem aos áudios gerados por interações com o assistente de voz da gigante de tecnologia. Segundo a empresa, a análise, revisão e transcrição de “uma pequena quantidade de arquivos” de áudios é necessária para desenvolver uma inteligência artificial mais capaz de entender melhor requisições em linguagem natural. A posição do Google veio depois de uma TV da Holanda ter publicado uma reportagem que mostrava como parceiros contratados pela empresa americana ouviam áudios sensíveis dos usuários holandeses. Segundo o Google, um dos trabalhadores no país violou “políticas de informações e segurança” vazando os áudios para a imprensa. “Nossos times de segurança e privacidade foram acionados, estão investigando e tomarão atitudes”, disse David Monsees, o diretor de produto do Google que assinou a nota publicada no blog da empresa. De acordo com Monsees, o Assistente só envia informações em áudio para o Google depois de detecção do comando de ativação — dizer “Ei, Google” ou apertar o botão de utilização do assistente de voz, por exemplo. Ele também afirma que os arquivos de áudio não são associados a contas específicas (o que dificultaria identificar o dono das vozes) quando são enviados aos especialistas humanos, que ouvem somente a 0,2% de todas as gravações. “Nossos especialistas em linguagem revisam e transcrevem um pequeno montante de falas para nos ajudar a entender melhor as diferentes línguas. Essa é uma parte crítica para construir a tecnologia de reconhecimento de fala e é necessária para criar produtos como o Google Assistente”, afirmou em nota. Em maio deste ano, durante a conferência I/O, que o Google realiza para desenvolvedores, foram apresentadas novidades do assistente de voz, que agora é 10 vezes mais rápido e consegue entender melhor os pedidos feitos por usuários. O Assistente também ganhou capacidade de fazer multi-tarefas sem precisar dar o comando de voz a cada uma delas. Ele também trará dicas e sugestões aos usuários, com base no histórico de uso. Essas novidades serão primeiro implementadas nos telefones Pixel, do próprio Google, no final deste ano. O Google também está expandindo o uso do assistente de voz para celulares e dispositivos parceiros, bem como para o sistema operacional KaiOS, que funciona em celulares que não são smart. Este ano, a empresa lançou auto-falantes com o Assistente no Brasil, em parceria com a JBL, e também celulares que possuem botão de uso do assistente de voz. (G1)