O governo pretende aproveitar a MP que libera os saques do FGTS para fazer uma ampla reformulação do Fundo. A principal mudança é a quebra do monopólio da Caixa como operadora do FGTS, permitindo o acesso aos recursos a bancos privados. Esse dinheiro é usado no financiamento a projetos de infraestrutura, saneamento e habitação, em geral com taxas abaixo das cobradas no mercado. Em 2018, a Caixa desembolsou R$ 62,3 bilhões em crédito para esses setores.
Segundo o jornal O Globo, após acordo entre o Palácio do Planalto e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a mudança foi incorporada ao texto da MP pelo relator, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB).
No parecer, que será lido amanhã (8) em Comissão Mista do Congresso, há a previsão de que a Caixa continuará exercendo o papel de custodiante dos depósitos das contas vinculadas, recebendo os depósitos e fazendo a gestão do passivo, mas os bancos concorrentes terão acesso direto às verbas do Fundo para aplicar os recursos.
Atualmente, as instituições privadas podem usar esse dinheiro como agentes financeiros. No entanto, como a Caixa é o único operador, o banco estatal é intermediário nos repasses. (Metro1)