Caso ocorreu na cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador
O ajudante de depósito Jamily Silva Reis, de 33 anos, foi morto a tiros na terça-feira (9) após uma discussão por causa do descarte de lixo em um terreno do colégio particular Mirim, que fica em Itinga, na cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. Ele deixou dois filhos, um de 17 anos e outro de três meses.
O Colégio Mirim se posicionou sobre o caso e disse que os funcionários da unidade não trabalham armados. [Veja íntegra da nota no final da reportagem]
Segundo a mãe da vítima, Juciara Silva Reis, quem colocou o lixo na porta da escola foi o irmão de Jamily Reis. “Ele [Jamily] veio almoçar, aí o irmão botou o lixo na porta da escola. Aí o menino [segurança] pegou a arma e disse que se o irmão não tirasse ia atirar na perna dele. Aí ele [Jamily] tirou o lixo [da porta da escola] e botou lá na porta [de casa]”, disse.
O crime, no entanto, ocorreu no fim da tarde de terça-feira, quando o ajudante de depósito voltava do trabalho acompanhado do irmão.
“O irmão [de Jamily estava] na frente e ele atrás. Um carro branco com cinco pessoas [parou perto deles], um [homem] desceu e deu quase cinco tiros [na direção dos irmãos]”, explicou Juciara.
Ainda segundo a mãe da vítima, o irmão de Jamily não foi baleado porque correu. Ela também afirmou que ele teria visto o segurança da escola dentro do veículo.
A Polícia Militar informou que agentes da 81ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) foram acionados pelo Centro Integrado de Comunicação (Cicom), da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), com a informação de que um homem havia sido baleado na Rua Fazendão, Jardim Metrópole, no bairro de Itinga.
No local, a equipe encontrou a vítima e prestou socorro, juntamente com a família, para o Hospital Geral Menandro de Faria. No entanto, Jamily Reis não resistiu aos ferimentos. O caso é investigado pela Delegacia Territorial (DT) de Itinga.
Em nota, o Colégio Mirim informou que, há 30 anos, tem o propósito de oferecer a melhor educação acessível e de qualidade para as crianças e jovens da comunidade de Itinga e do seu entorno. Afirmou também que não trabalha com equipe armada.
De acordo com o colégio, dentre os colaboradores que prestam serviços à escola, estão porteiros que auxiliam no acesso dos pais, alunos e colaboradores às dependências da instituição.
A escola afirmou que tem desenvolvido um trabalho de conscientização social e ambiental com alunos e a comunidade, para que o terreno vizinho não se torne um foco de transmissão de doenças, como a dengue, zika e chikungunya.
Durante o crime, os porteiros, de acordo com o Colégio Mirim, estavam em horário de expediente dentro da escola. A unidade não possui qualquer tipo de relacionamento com as pessoas que executaram a ação.
O Colégio Mirim afirmou ainda que repudia qualquer ato de violência e está à disposição da polícia para fornecer as imagens das câmeras de segurança e para prestar qualquer esclarecimento que seja necessário.(G1 Bahia)