Homem que morreu espancado por fake news pode ter sido agredido por ordem da ex-mulher

No entanto, apesar da incriminação, o dono da moto informou que conhecia Osil e que emprestou o veículo para ele.

O dono de uma empresa de reciclagem morreu, no domingo (7), após ter sido linchado sob a falsa acusação do roubo de uma moto, no Guarujá, litoral de São Paulo. Osil Vicente Guedes, de 49 anos, foi agredido por pessoas na rua com um capacete e pedaços de madeira. A vítima foi internada no Hospital Santo Amaro (HSA), em Guarujá, mas não resistiu aos ferimentos. As informações são do G1.

Segundo a Polícia Militar, testemunhas relataram que as agressões, que aconteceram na última quarta-feira (3), começaram após um grito de “pega ladrão”.
No entanto, apesar da incriminação, o dono da moto informou que conhecia Osil e que emprestou o veículo para ele.

Osil, que morava no mesmo endereço da própria empresa de reciclagem, no distrito de Vicente de Carvalho, local próximo onde foi linchado, deixou um filho de nove anos.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), o caso inicialmente foi registrado como “lesão corporal” no 2º Distrito Policial (DP) de Guarujá, porém, acabou modificado para “homicídio” após a morte de Osil.

A versão inicial de que ele teria sido vítima de uma fake news, ao ser confundido com um ladrão de motos na rua, pode cair por terra com a nova informação, obtida com exclusividade pelo Metrópoles.

Apesar da versão inicial ser de que Guedes tenha sido vítima de ‘fake news’, nesta segunda (8) o Metrópole, parceiro do Bahia Notícias, divulgou que o real motivo para o espancamento pode ter sido a mando da ex-esposa de Osil, a psicóloga Vanessa Regina Benedito de Almeida, de quem ele havia se separado recentemente.

A agressão não teria sido a única, segundo familiares a primeira briga, com o mesmo grupo, aconteceu dois dias antes do crime, na terça-feira (2), após Osil e Vanessa terem brigado. Na ocasião, de acordo com a polícia, ele agrediu a ex-mulher, que acionou a Polícia Militar. Porém quando os PMs chegaram, ele já havia deixado o local.

A família de Vicente acredita que a motivação realmente tenha sido a psicóloga e que o argumento de ser um roubo foi apenas para justificasse o ataque contra Osil. “Ali foi pau-mandado”. (BN)

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