Dois homens suspeitos de estelionato foram presos na sexta-feira (15), em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. De acordo com a Polícia Civil da região, responsável pela desarticulação da quadrilha, o grupo falsificava documentos para aplicar golpes financeiros denominados de Recursos de Pequenos Valores (RPV).
A quadrilha foi descoberta após representantes de uma Agência do Banco do Brasil em Vitória da Conquista, denunciarem uma senhora se fez passar por outra que residia no Piauí.
Não há detalhes de quando foi feita a denúncia mas a ação levou a equipe da polícia a começar as investigações que resultou nas prisões. Segundo um dos integrantes da quadrilha, ele andava em carro de luxo e vivia uma vida confortável, pois faturava mais de R$ 200 mil por semana. A polícia não detalhou se os recursos roubados tratavam-se de aposentadoria ou algum auxílio do governo federal.
Não há detalhes de quando foi feita a denúncia mas a ação levou a equipe da polícia a começar as investigações que resultou nas prisões. Segundo um dos integrantes da quadrilha, ele andava em carro de luxo e vivia uma vida confortável, pois faturava mais de R$ 200 mil por semana.
Os homens presos foram encontrados em uma residência de Vitória da Conquista, onde também foram achados o material utilizado nas falsificações de documentos. Na presença de um advogado, eles confessaram os crimes e relataram quais eram suas atribuições dentro do grupo. Entre os crimes que eles foram autuados em flagrante estão associação criminosa e estelionato.
À polícia, os homens ainda disseram se sentir prejudicados ultimamente pois com a pandemia do coronavírus, pois poucas agências estavam operando e por isso, pretendiam começar a agir em cidades como Camaçari e Salvador.
Os homens, segundo a polícia, já possuíam passagens policiais, sendo um por homicídio e o outro por estelionato. Considerando que os investigados podem ter cometido outros golpes na região, a Polícia Civil de Vitória da Conquista divulgou as fotos de ambos para que, caso as outras vítimas os reconheçam, os denunciem.
A polícia reforçou que nesse caso, a exposição das imagens não configura o crime de Abuso de Autoridade, uma vez que o objetivo é tentar identificar novas vítimas que reconheçam os suspeitos.
Golpe
A polícia detalhou que após conseguirem os dados cadastrais das vítimas, os suspeitos repassavam aos comparsas.
De acordo com a polícia, um foragido da Justiça aliciava pessoas para participar do golpe, que consistia em passar-se por outra pessoa e resgatar os recursos. De posse da quantia, os homens ficavam com 15% e o restante era dividido entre os demais integrantes.
A quadrilha conseguia identidades originais das vítimas, oriundas de furto e roubo. Em seguida, as apagava quimicamente (onde os dados verdadeiros somem) e reimprimia os dados falsos, para dessa forma fraudarem os bancos que pagavam os recursos.
Depois, o dinheiro era lavado e enviado para diversas contas correntes e de poupança abertas em nome dos golpistas e, assim que os saques eram realizados, as contas eram canceladas, pois tratavam-se de contas abertas com documentos falsos.
Além da prisão, a polícia detalhou que foram apreendidos computador, impressora, papeis lavados quimicamente, além de comprovantes de transações de depósito, saques e transferências em valores altos entre vários correntistas espalhados pelo Brasil. (G1)