Representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) protestam em frente à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. Eles denunciam a violência no campo e a paralisação da reforma agrária na Bahia.
O grupo saiu de assentamentos em Feira de Santana, a cerca de 100 quilômetros de Salvador, no dia 11 de abril, e chegou nesta segunda à capital baiana.
A marcha interditou uma das faixas da BR-324 e provocou lentidão no trânsito na Avenida Paralela. Mesmo com as chuvas, o grupo seguiu na caminhada até a sede do Incra.
A caminhada faz parte de um ato nacional de lutas em defesa da reforma agrária, que tem como pautas a defesa da terra, o direito à moradia e contra a fome no Brasil.
Os atos compõem o “Abril Vermelho”, mês que marca o “Massacre de Eldorado dos Carajás”, que ocorreu no Pará em 1996, onde 21 trabalhadores rurais foram assassinados.
A Superintendência Regional do Incra na Bahia informou que encaminhou pedido de reintegração de posse para a Procuradoria Federal especializada, oficiou a presidência do órgão, em Brasília, a Superintendência baiana da Polícia Federal e a chefia da Casa Militar sobre o ato dos trabalhadores.
Ainda segundo o Incra-BA, a invasão prejudica as atividades do instituto e o atendimento ao público. De acordo com o MST, os trabalhadores rurais planejam permanecer na sede do órgão até que haja um posicionamento da direção nacional para definir os rumos da manifestação. (G1)