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Pouco mais de um ano após assumir a presidência-executiva da JBS, o fundador da companhia, José Batista Sobrinho -conhecido como Zé Mineiro- deixa o cargo, que será ocupado por Gilberto Tomazoni, hoje diretor global de operações da JBS. O anúncio da sucessão foi feito nesta terça-feira (4). Zé Mineiro, aos 84 anos de idade, foi escolhido para o cargo pelo conselho de administração da JBS em setembro de 2017, para substituir o filho Wesley Batista, que comandava o grupo mas havia sido preso dias antes. Tomazoni assume com o discurso de que sua entrada representa um avanço da companhia na direção de melhores práticas de compliance (conformidade com leis e regras de concorrência). “Eu não sou a pessoa da JBS. Eu sou uma pessoa de mercado. Estou na JBS há 6 anos e tenho 36 de experiência. O que está aí é fruto do que eu ajudei a construir. Os resultados estão aí, as coisas boas e as que ainda podemos fazer de melhor”, disse à reportagem.
No mês passado, a empresa divulgou resultado trimestral mais forte do que o esperado com a força de suas operações de carne bovina no Brasil e nos Estados Unidos, levando as ações da companhia a subirem quase 8%.
A JBS vive um esforço para virar a página após as investigações envolvendo a família fundadora, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, e diferentes empresas do conglomerado do qual a JBS faz parte, em particular a holding J&F.
Tomazoni diz que pretende “reforçar é a questão da imagem da empresa, da reputação, do compliance, da governança” e que “o foco é crescer em alimentos processados de marcas”. “Temos um esforço com Plumrose, Seara e Pilgrims. Nós vamos crescer e para isso vamos continuar com um investimento muito forte em inovação e qualidade dos produtos””