Jovem de 19 anos e agente federal morrem durante protestos contra morte de George Floyd, nos EUA

Foto: Reprodução / Twitter

Na quarta noite de protestos contra a morte do jovem George Floyd, morto por um policial, diversas pessoas ficaram feridas e duas acabaram morrendo. De acordo com a rede de televisão americana CNN, cerca de 30 cidades nos Estados Unidos estão em movimento.

Um dos mortos durante a manifestação era um agente federal e o outro, um jovem de 19 anos, que foi baleado após um homem, a bordo de um veículo, passar atirando contra a multidão que protestava em Oakland, próximo à cidade de San Francisco, na California.

Além de mortes e pessoas feridas, também foram registradas 200 pessoas detidas acusadas de obstruírem vias públicas, no Texas. Já em Nova York e em Lincoln (Nebraska), houveram várias prisões. Em Portland, a prefeitura decretou estado de emergência e toque de recolher que vai durar até às 10h de domingo (31). Em Minessota, onde ocorreu a morte de George Floyd, cerca de 50 pessoas foram presas e a polícia precisou chamar reforços para conter os protestos. Nas cidades, prédios foram incendiados, saques e ameaças à imprensa foram feitos.

“Tudo no meio de uma pandemia em que as pessoas já perderam tudo. Isso não é pedir mudança significativa nas nossas comunidades, isso é nojento”, escreveu o prefeito Ted Wheeler no Twitter.

O prefeito de Dallas, Eric Johnson, se posicionou de forma diferente e afirmou que apoia os “clamores por justiça” e disse que a maior parte dos que estavam nos atos agiam de forma pacífica, mas que existem algumas pessoas que têm “outros objetivos”, como, por exemplo, destruir o patrimônio privado e roubar.

George Floyd, de 19 anos, foi morto por asfixia. No momento do assassinato, Floyd, um homem negro, estava sendo abordado por um policial branco, Derek Chauvin. A vítima respirou com dificuldade por 8 minutos e 46 segundos até chegar a morrer.

Por mais de 2 minutos, o policial se manteve com o joelho sobre o jovem, que já estava inconsciente. A autópsia, contudo, não encontrou indícios que apoiem o óbito por “asfixia traumática e estrangulamento”. De acordo com o laudo, porém, a ação do policial somada às condições de saúdes pré-existentes e a possibilidade de substâncias tóxicas no corpo da vítima podem ter contribuído para a sua morte. (Varela)

google news