O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, na quarta-feira (26), manter a taxa básica de juros em 13,75% a.a., pela segunda reunião seguida. O sócio do grupo SVN BP, Ricardo Ribeiro, esclareceu, ao bahia.ba, como ficam os investimentos em um cenário de inflação estável e alta.

Para Ricardo, durante um cenário de Selic alta, mesmo que estável, os investidores que possuem um horizonte de prazo mais longo, de três a cinco anos, e que querem uma maior segurança, os títulos indexados à inflação acabam sendo mais interessantes. “Quando você compra um título atrelado à inflação, mais uma taxa de juros real, pelo fato da gente ter hoje uma Selic alta, essa parcela de juros real, mais inflação, acaba sendo maior, então você tem títulos aí pagando IPCA mais essa taxa de juros real bem alta”, explicou.

Inflação alta e bolsa de valores

Com a inflação em alta, a bolsa acaba sendo menos atraente para os investidores, principalmente os mais conservadores, por serem ativos de maior risco. No entanto, a Selic estável pode ser sinônimo de uma estimativa para um futuro próximo de quedas. Com a Selic em baixa, a B3 tende a valorizar.

De acordo com o sócio do grupo SVN BP, à medida que a expectativa de juros comece a cair, esses ativos de risco ganham mais relevância e eles acabam subindo. “Então dá para ver que o mercado é cíclico. A gente está vendo nos Estados Unidos agora o contrário, eles estão subindo juros e a bolsa, consequentemente, está caindo. A gente já chegou com a Selic alta, em 13,75%, o Banco Central parou de subir a Selic e se a expectativa for começar a cair ali na frente, a bolsa tende a subir”, detalhou. (bahia.ba)