Líderes da Europa pedem investigação independente sobre queda de avião no Irã

Parte do Boeing 737 que caiu logo após a decolagem em Teerã, no Irã — Foto: Reprodução/Reuters

Líderes da Europa se manifestaram neste sábado (11) a respeito da queda do avião em Teerã e pediram para que o Irã colabora com investigações sobre o incidente.

O Irã anunciou neste sábado (11) que seus militares derrubaram, sem intenção, o avião ucraniano que caiu na quarta-feira (8) perto de Teerã. O país havia acabado de atacar duas bases militares dos EUA no Iraque, e os militares esperavam uma retaliação dos EUA. Na tragédia morreram 176 pessoas. (veja mais abaixo).

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, publicou uma mensagem em que diz que a queda do avião reforça a importância de se reduzir as tensões no Oriente Médio. Para ele, é preciso conduzir uma investigação transparente e independente.

Em rede social, presidente do Irã diz que lamenta erro desastroso

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A União Europeia divulgou uma nota em que disse que espera a total cooperação do Irã nas investigações.

O ministro do Exterior alemão, Heikko Mass, afirmou que o Irã terá que lidar com esta terrível catástrofe para que não ocorra novamente.

Especialistas franceses vão ajudar a decodificar as caixas pretas do avião ucraniano que caiu em Teerã. Emmanuel Macron, da França, afirmou ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em uma conversa por telefone, que os franceses iniciaram um procedimento formal para que se inicie uma investigação internacional.

Irã admitiu que derrubou avião

O presidente iraniano, Hassan Rouhani, chamou o desastre de “erro imperdoável”.

Militares informaram que o avião voava perto de um local sensível e foi derrubado devido a um erro humano. O comunicado lido na TV estatal diz que as partes ​​responsáveis serão punidas.

Amir Ali Hajizadeh, o comandante das forças aeroespaciais, afirmou que a Guarda Revolucionária aceita a responsabilidade plena pelo incidente.

Queda de avião ucraniano no Irã — Foto: Roberta Jaworski e Rodrigo Sanches/G1
Queda de avião ucraniano no Irã — Foto: Roberta Jaworski e Rodrigo Sanches/G1

A Guarda Revolucionaria explicou que o operador do sistema de defesa confundiu o avião com um míssil de cruzeiro.

Hajizadeh afirmou em uma declaração televisionada que o operador teve 10 segundo para decidir se iria disparar ou não, mas que ele tentou contatar seus superiores para obter a aprovação para efetuar o disparo, mas que o sistema de comunicação falhou e ele tomou “uma má decisão”.

O avião foi derrubado por um míssil de curto alcance, segundo ele.

O comandante revelou neste sábado (11) que já sabia que o avião ucraniano foi derrubado por um míssil desde o dia em que o incidente aconteceu, 8 de janeiro. (G1)

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