‘Esquerda diz se orgulhar de suas bandeiras, mas as esconde em ano de eleição’, acusou o presidente

Após aparecer dizendo ser “a favor da vida” e contra o aborto em nova propaganda eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi duramente criticado pelo atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), seu adversário na disputa presidencial deste ano. Por meio do Twitter, nesta sexta-feira (7), Bolsonaro afirmou que a “esquerda diz se orgulhar de suas bandeiras, mas as esconde em ano de eleição”.

“Lula agora tenta dizer que é contra o aborto, enquanto é apoiado por quem defende; que é cristão, enquanto é apoiado por quem odeia igreja; que é contra as drogas, enquanto é apoiado por quem é a favor; que é contra a corrupção, enquanto ele e seu bando foram presos por isso. A esquerda diz se orgulhar de suas bandeiras, mas as esconde em ano de eleição. Sabem que se falassem a verdade sobre o que pregam, jamais seriam aceitos, por isso mentem que nem sentem. Poderiam ser sinceros e deixar o povo decidir, mas a ganância e a ambição falam mais alto”, disse.

Na publicação, o presidente acrescentou, ainda, que “não há nada mais vergonhoso do que defender uma ideia contrária a tudo aquilo que você acredita só para ser aceito”. “É o pior sinal para um líder. Afinal, quem, pelo poder, é capaz de deixar de lado até os próprios valores, jamais moverá uma palha para defender os de uma nação”, concluiu.


– A esquerda diz se orgulhar de suas bandeiras, mas as esconde em ano de eleição. Sabem que se falassem a verdade sobre o que pregam, jamais seriam aceitos, por isso mentem que nem sentem. Poderiam ser sinceros e deixar o povo decidir, mas a ganância e a ambição falam mais alto.

— Jair M. Bolsonaro 2️⃣2️⃣ (@jairbolsonaro) October 7, 2022

Evitados pela campanha do petista no primeiro turno, pautas de costumes devem entrar na estratégia de Lula para tentar conquistar votos de evangélicos para o segundo turno, marcado para acontecer no dia 30 de outubro.

Apesar das críticas de Bolsonaro, Lula já havia afirmado ser contra o aborto em outras ocasiões. No início do ano, durante um debate da Fundação Perseu Abramo, do PT, o petista ressaltou que o aborto é um problema de saúde pública. Em seguida, ele se retratou explicando ser contra o procedimento.

“Mulheres pobres morrem tentando abortar, enquanto madames vão para Paris”, afirmou. Depois, o ex-presidente se explicou e disse que não era a favor do procedimento. “Sou contra o aborto, tenho 5 filhos, 8 netos e uma bisneta. O que disse é que é preciso transformar essa questão do aborto em questão de saúde pública, ou seja, que as pessoas pobres que forem vítimas de um aborto tenham condições de se tratar na rede pública de saúde”, disse. (Bahia.ba)