O médico Antônio Marcos Rego Costa, suspeito de matar a ex-companheira e abandonar o corpo às margens da BR-116, em Feira de Santana, será ouvido pela Justiça pela primeira vez nesta terça-feira (11).
Na audiência de instrução, que acontece nesta manhã, 12 pessoas prestarão depoimento a um juiz. 11 delas são testemunhas de acusação e uma de defesa. Durante a sessão serão colhidas provas que levarão o magistrado a decidir se o médico vai à júri popular ou não.
Gabriela Jardim Peixoto, de 35 anos, foi vista pela última vez no dia 22 de agosto de 2021 e seu desaparecimento foi registrado cerca de 24 horas depois pelo ex-marido e pai da filha de 12 anos da vítima.
O corpo dela só foi encontrado no dia 25 de agosto, às margens da BR- 116 Norte, no sentido Feira/Serrinha, após o retorno da Fundação Bradesco, no Distrito de Matinha.
Desaparecimento e morte
O médico teria sido a última pessoa com quem a vítima foi vista antes de desaparecer. Além disso, imagens das câmeras de segurança de um posto de combustível da cidade apontam que a Gabriela e o suspeito estiveram juntos em um carro vermelho, modelo Frontier, que pertence ao suspeito.
Antônio foi preso no dia 3 de outubro, após se apresentar à polícia, no Complexo de Delegacias do Sobradinho. A perícia apontou marcas de sangue no veículo dele, que possivelmente foram provocadas por uma luta corporal.
Relação grupal e ciúmes podem ter sido o motivo do feminicídio. De acordo com a delegada da 1ª Delegacia Territorial de Feira de Santana, Claudine Bastos, responsável pelas investigações, amigos do ex-casal contaram em depoimento que a relação entre dois começou a ficar conturbada após as práticas sexuais.
Gabriela já teria terminado a relação com Antônio e estava se relacionando com outra pessoa, no entanto, o médico não aceitava o fim da relação e tentava reatar com a ex.