Ministério Público de SP contesta liberação de Alexandre Nardoni para regime aberto

Ministério Público entra na justiça contra decisão que liberou Alexandre Nardoni

Foto: Divulgação

O Ministério Público de São Paulo contestou na justiça a decisão que concedeu a Alexandre Nardoni, condenado em 2008 a 30 anos de prisão pela morte da filha Isabella, o benefício da progressão para o regime aberto nesta segunda-feira (6).

A promotoria argumenta que Nardoni deveria retornar ao regime semiaberto para passar por mais avaliações psiquiátricas antes de progredir para o regime aberto. Propõe-se a aplicação do teste de Rorschach para fornecer à justiça mais elementos para avaliar se ele pode ser reintegrado à sociedade.

Segundo reportagem do G1, a promotoria enfatizou que “Nardoni cometeu um crime hediondo e bárbaro ao matar sua filha de 5 anos, demonstrando frieza emocional, insensibilidade acentuada, caráter manifestamente dissimulado e ausência de arrependimento”. Até o momento, não houve nenhuma decisão judicial sobre a solicitação.

Apesar de ter cumprido o tempo de pena necessário e demonstrado bom comportamento e trabalho na prisão, Nardoni conquistou o benefício. Ele deixou a penitenciária de Tremembé, interior de São Paulo, em direção à capital, onde vai residir com a família e continuar trabalhando, mas agora em liberdade.

Os promotores acreditam que, apesar de Nardoni ter cumprido o tempo necessário para a progressão, é fundamental que haja uma decisão judicial colegiada sobre o assunto. Por isso, o Ministério Público também entrou com um recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), segunda instância da Justiça.

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