Morre Mestre Laurentino, ícone da música paraense, aos 98 anos

Foto: Reprodução / Redes Sociais

O músico João Laurentino da Silva, conhecido como Mestre Laurentino, faleceu neste sábado (21) em Belém, aos 98 anos. Ele morreu em sua residência, localizada na Travessa Barão do Triunfo, no bairro da Sacramenta. A causa da morte não foi divulgada até o momento.

Mestre Laurentino, nascido na Ilha de Marajó, teve uma trajetória marcante na música paraense. Embora tenha crescido em Belém, sua vida foi marcada pela simplicidade e pela conexão com a natureza, que o inspiraram a criar uma linguagem musical única. Ele ficou conhecido como o roqueiro mais antigo do Brasil e teve 27 filhos, uma vida repleta de história, música e cultura.

Contribuição à cultura paraense

Ao longo de sua carreira, Laurentino produziu uma vasta quantidade de material, especialmente fitas cassetes gravadas de forma caseira no quintal de sua casa, onde os sons dos animais – como uivados de cachorros, gritos de papagaios e galinhas – se misturavam à sua música. Essa fusão de sons do ambiente com sua música criou uma linguagem própria, que o tornou uma figura singular na cena cultural paraense.

Um de seus maiores sucessos, a música “Lourinha Americana”, chegou a ser gravada por Gilberto Gil, tornando-se um clássico da música popular brasileira.

Homenagens e lamento

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, lamentou a morte de Mestre Laurentino e prestou suas condolências à família do músico. Em uma nota oficial, o prefeito destacou a importância de Laurentino para a cultura de Belém e do Pará, ressaltando sua contribuição para a música e a identidade cultural da região.

“É um momento de muita tristeza para a cultura de Belém e do Pará. A prefeitura se solidariza com amigos e familiares de João Laurentino da Silva, carinhosamente chamado de Mestre Laurentino, e reconhece sua grande contribuição à cultura paraense”, afirmou o prefeito.

Mestre Laurentino deixa um legado de autenticidade, originalidade e uma música profundamente enraizada na cultura local, que continuará a ecoar nas memórias dos paraenses e de todos que conheceram seu trabalho.

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