MST volta a criticar governo Lula por lentidão em reforma agrária

“A insatisfação é grande”, diz membro da coordenação nacional do movimento

Foto: Divulgação | MST

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) voltou a cobrar ao governo Lula (PT) celeridade nas discussões sobre a reforma agrária. Um dos membros do MST, João Paulo Rodrigues, elevou o tom contra a gestão petista e afirmou que todos estão “insatisfeitos” com a condução do processo. 

“Até agora o governo não comprou um quilo de alimento da agricultura familiar dentro do PAA [Programa de Aquisição de Alimentos]. As famílias se preparam para isso, plantam com essa expectativa. A insatisfação é grande”, diz João Paulo Rodrigues, membro da coordenação nacional do movimento.

As queixas também contemplam os assentamentos das famílias. Conforme aponta a coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, a demanda do MST era de 50 mil em 2023, a um custo de R$ 2,85 bilhões. Até o momento, Rodrigues alega que não houve mudanças.

“Minha preocupação é que em algum momento as famílias comecem a fazer uma reclamação nacional, indo para a estrada, parando rodovias, por exemplo. Não está prevista no momento uma jornada de ocupações, mas já há uma reclamação de que precisaremos de cinco mandatos do Lula para concluir o processo de reforma agrária”, afirma.

PAA

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), criado pelo art. 19 da Lei nº 10.696, de 02 de julho de 2003, possui duas finalidades básicas: promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar.

O programa compra alimentos produzidos pela agricultura familiar, com dispensa de licitação, e os destina às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e àquelas atendidas pela rede socioassistencial, pelos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e pela rede pública e filantrópica de ensino.

(A Tarde)

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