Mulher gasta R$ 470 em loja e descobre que roupa era da Shein (e pela metade do preço)

Cliente gravou vídeo em que aparece lendo um QR Code que direciona para a página da marca de fast fashion chinesa

Uma mulher expôs nas redes sociais uma situação que passou nos últimos dias em uma loja de Santa Catarina. Moradora da cidade de Itapema, no litoral norte catarinense, Raphaela Leal contou que comprou uma roupa de R$ 469,90 na loja e descobriu, ao chegar em casa, que a peça era da varejista chinesa Shein, conhecido site de compras com valores mais baixos.

“Comprei um conjunto aqui em uma loja de Itapema, renomada. Fui olhar a etiqueta, tipo: ‘Gostei, vou comprar mais nessa loja’ e a etiqueta é de onde? Da Shein, gente”, relatou em vídeo publicado no Tiktok.

No vídeo, Raphaela Leal aparece lendo um QR Code que direciona para a página da marca de fast fashion chinesa. No site da gigante asiática de e-commerce, o conjunto custa pouco mais de R$ 200, menos da metade do preço que ela pagou.

Repercussão
Mais de 1,8 milhão de pessoas visualizaram e 100 mil curtiram a publicação até a manhã desta terça-feira, 22. Nos comentários, usuários orientaram a jovem a devolver o produto. “Devolveria e pegava meu dinheiro de volta”, escreveu um. “Vai lá e troca”, sugeriu outro internauta.

Nas redes sociais, Raphaela Leal informou que devolveu o produto, pediu e recebeu o reembolso da compra.

Renata Abalém, advogada especialista em direito do consumidor, garante que revender peças de roupa não configura contravenção penal. “No máximo, o que pode gerar, é um conflito moral”, explica.

Segundo a advogada, caso se sinta lesada, a consumidora poderia tentar o reembolso com a loja explicando a situação, como foi feito. “Mesmo assim, não acho que neste caso se configura imoralidade ou abusividade”, finaliza.

O que diz a loja

Raphaela não diz o nome da loja no vídeo que viralizou, para “não prejudicar” o negócio, já que seu problema — o reembolso pela peça — foi resolvido. 

No perfil da loja, que conta com 14 mil seguidores no Instagram e é comandada por duas mulheres, uma série de vídeos foi publicada com o outro ponto de vista sobre a situação. 

Elas negaram que tivessem cometendo crime ou aplicando golpe em seus clientes, como foram acusadas após a repercussão do reclamação da cliente. “Ficamos bem chatedas porque foi a primeira vez que isso aconteceu, com uma acusação bem grave, que pegou a gente de surpresa”, diz uma delas. 

Segundo as proprietárias comentam no vídeo, as roupas foram compradas em um novo fornecedor e elas não perceberam a procedência da varejista chinesa. “A gente não tem como conferir etiqueta por etiqueta”, diz uma. “Agora, a empresa cresceu e compramos pacotes fechados, não tem como conferir [as peças de roupa] uma a uma. Se a gente quisesse agir de má-fé, a gente teria cortado a etiqueta”, completa a outra.

As proprietárias disseram que, assim que receberam a reclamação, reembolsaram a cliente pela compra. (Terra)

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