Na Bahia, trabalhadores têm o 3º salário mais baixo do país; veja perfil

Rendimento médio real de todos os trabalhos habitualmente recebido por mês é R$ 1.795. Confira ainda dados sobre a capital baiana.

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Na Bahia, o rendimento médio real dos trabalhadores recebido por mês é R$ 1.795, o 3º mais baixo do país. A informação foi divulgada na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes ao 4º trimestre de 2022 (de outubro a dezembro).

Confira o ranking dos três piores:

Bahia: R$ 1.795;
Ceará: R$ 1.776;
Maranhão: R$ 1.740.
De acordo com a pesquisa, em Salvador o rendimento médio real mensal de trabalho chega a R$ 2.817, o 10º mais baixo entre as capitais.

Segundo a pesquisa, o 4º trimestre de 2022, pouco mais da metade da população baiana de 14 anos ou mais de idade (50,1%) trabalhava, em ocupações formais ou informais. Além disso, havia 6,1 milhões de trabalhadores no estado.

Já em Salvador, quase seis em cada dez pessoas de 14 anos ou mais de idade (56,6%) trabalhavam, o que representava 1,4 milhão de trabalhadores.

O perfil majoritário do trabalhador baiano é de homens, pardos ou pretos, com idades entre 40 e 59 anos e que concluíram o ensino médio. Veja mais informações abaixo:

Os trabalhadores são predominantemente homens:

Na Bahia: 6 em cada 10 (58,9% ou 3,6 milhões)
Em Salvador: 5 em cada 10 (51,9% ou 718 mil)
A maior parte deles tem entre 40 e 59 anos de idade:

Na Bahia: 4 em cada 10 (40,2% ou 2,4 milhões)
Em Salvador: 4 em cada 10 (43,4% ou 600 mil)
Estudaram até concluir o Ensino Médio:

Na Bahia: 4 em cada 10 (36,7% ou 2,2 milhões)
Em Salvador: 4 em cada 10 (39,1% ou 540 mil)
São pardos ou pretos:

Na Bahia: 8 em cada 10 (80,6% ou 4,9 milhões)
Em Salvador: 8 em cada 10 (82,2% ou 1,1 milhão)
Estão no trabalho atual pelo menos há 2 anos:

Na Bahia: 7 em cada 10 (65,4% ou 4,0 milhões)
Em Salvador: 7 em cada 10 (67,9% ou 938 mil)
Horário médio de trabalho por semana:

Na Bahia: 37,7 horas
Em Salvador: 39,7 horas
Trabalham, sobretudo, como empregados (nos setores privado ou público, no trabalho doméstico, com ou sem carteira assinada):

Na Bahia: 7 em cada 10 (66,1% ou 4,0 milhões)
Em Salvador: 7 em cada 10 (70,6% ou 975 mil)
A maioria dos trabalhadores está na informalidade, que é alta mesmo entre os empregados:

Na Bahia: 5 em cada 10 trabalhadores (52,1% ou 3,2 milhões)
4 em cada 10 empregados não têm carteira de trabalho assinada (37,5% ou 1,5 milhão)
São considerados informais os empregados no setor privado e domésticos sem carteira assinada, trabalhadores por conta própria ou empregadores sem CNPJ e trabalhadores familiares auxiliares.
Nem sempre contribuem para a Previdência Social:

Na Bahia: 5 em cada 10 trabalhadores não contribuem para a Previdência (50,6% ou 3,1 milhões)
Em Salvador: 3 em cada 10 não contribuem (33,7% ou 466 mil)

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