‘Não sobrou nada’, lamenta comerciante que teve estabelecimento destruído por cheia na Bahia

Câmara de Dirigentes Lojistas e a prefeitura de Jequié, no sudoeste do estado, estimam prejuízo de cerca de R$ 100 milhões em todo o comércio

Jequié em estado de alerta — Foto: Rede Bahia

Após a enchente que deixou o centro de Jequié, no sudoeste da Bahia, debaixo d’água, a Câmara de Dirigentes Lojistas e a prefeitura da cidade estimam que a tragédia tenha causado um prejuízo de cerca de R$ 100 milhões em todo o comércio.

Entre os comerciantes afetados pela cheia estão o casal Liliana Araújo e Rafael Santos. Eles tinham um açougue há mais de 30 anos e perderam mais de R$ 50 mil em mercadorias.

“Acabou tudo. Não sobrou nada”, lamentou a comerciante.
Nesta terça-feira (27), o casal foi até o estabelecimento para fazer uma limpeza e retirar a sujeira que ficou acumulada no local. “É muita dor. A gente não tem nem palavras para descrever”, desabafou Rafael.

Outro comerciante afetado foi Júlio de Jesus, que se emocionou durante a limpeza do estabelecimento. Segundo ele, ninguém foi informado sobre o aumento da vazão da Barragem de Pedra, na Bacia do Rio de Contas, que causou o transbordamento do Rio Jequiezinho.

“Não avisaram nada, pegaram a gente de surpresa, soltaram a água. Ficou tudo alagado em questão de meia hora e a gente sem saber o que fazer”, relatou.

Por meio de nota, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) informou que começou nesta terça uma nova operação de redução da vazão do patamar de 1,6 mil para 1 mil m³/s até uma nova avaliação.

Segundo o Corpo de Bombeiros, 350 salvamentos foram realizados em Jequié esta semana.

Após o período dos resgates, a Defesa Civil do município segue com o monitoramento das áreas de risco, além de dar suporte para mais de 500 famílias que estão desalojadas e 130 desabrigadas. (G1)

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