Número de presos inscritos em prova para concluir ensino fundamental e médio tem aumento de 26% na Bahia

O Conjunto Penal de Feira de Santana foi a unidade com mais inscritos na Bahia

Foto: Reprodução

Exatamente 3.344 pessoas privadas da liberdade no sistema carcerário baiano têm a esperança de concluir os Ensinos Fundamental e Médio neste ano. Elas estão inscritas para realizar o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), prova do Instituto Nacional de Ensino e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que confere certificados de conclusão aos participantes. O número de inscritos representa um crescimento de 26% quando comparado ao ano passado, segundo dados da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP-BA).

Neste ano, o exame será realizado no dia 27 de agosto. Em 2022, o total de participantes do sistema carcerário era de 2652. O secretário da pasta, José Antônio Maia Gonçalves, acredita que os números são um reflexo da política de ressocialização do governo do estado.

“Nós temos feito um trabalho constante com os diretores das unidades prisionais para que incentivemos os reeducandos à ressocialização através da educação. E o resultado aparece nas estatísticas, não só do Encceja, como em todos os outros cursos e atividades laborativas oferecidas dentro do sistema prisional baiano”, destaca ao Metro1.

No quantitativo geral, o Conjunto Penal de Feira de Santana foi o que teve mais matrículas neste ano, com um total de 395. Dentre os inscritos, 46,21% são de unidades com participação da Socializa, empresa que auxilia na reintegração da pessoa privada de liberdade.

Ao todo, são 1.587 reeducandos do Socializa e Itabuna ocupa o primeiro lugar em número de inscritos, com um total de 339 matrículas. Salvador vem logo atrás com 326 inscritos, seguida por Vitória da Conquista (211), Lauro de Freitas (251) e Barreiras (121).

Segundo Yuri Damasceno, gerente da unidade do Socializa em Itabuna, há um aumento significativo nas solicitações de inscrição desde a última edição pós-pandemia. “Acreditamos que o empenho da equipe interdisciplinar do Núcleo de Ressocialização em motivar os alunos é o diferencial nos índices de inscritos”, aponta.

Yuri também detalha os diversos benefícios para aqueles que alcançam a aprovação no Encceja. Entre elas estão a diminuição do tempo de cárcere em 177 dias para aqueles que concluem o ensino fundamental e 133 para os que concluem o ensino médio. (bahia.ba)

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