Papa expulsa padre chileno acusado de abuso sexual

O Papa Francisco expulsou do sacerdócio o padre chileno Fernando Karadima por abuso sexual, anunciou o Vaticano nesta sexta-feira (28). “O papa Francisco demitiu da função clerical Fernando Karadima Fariña, da arquidiocese de Santiago do Chile. O Santo Padre tomou esta decisão excepcional de forma consciente e pelo bem da Igreja”, informa o comunicado do Vaticano. Karadima, formador de vários padres e bispos, havia sido suspenso por toda vida de suas funções pelo Vaticano após ser considerado culpado por casos de abuso sexual de menores.

Escândalo
 
Fernando Karadima teve grande influência na igreja chilena e foi responsável por formar 50 sacerdotes, cinco dos quais se tornaram bispos. Depois que vieram à tona as informações de que ele abusou sexualmente de crianças e jovens quando era o titular da paróquia El Bosque, situada em um setor importante de Santiago. A Justiça chilena também realizou um julgamento contra Karadima e o considerou culpado, mas ele não foi condenado porque os crimes já estavam prescritos. O Papa Francisco reconheceu “graves erros de avaliação” sobre o caso de karadima. Ele chegou a defender Juan Barros, ex-bispo da cidade de Osorno, no sul do país. Barros era acusado por vítimas de ter testemunhado e ignorado os crimes do padre pedófilo. Posteriormente, o pontífice voltou atrás dizendo que havia cometido “graves erros” na condução da crise de abusos sexuais porque havia sido “mal informado”.

Após serem convocados por Francisco para darem esclarecimentos sobre as denúncias, 34 bispos convocados colocaram seus postos “nas mãos do Santo Padre”, que é livre para decidir o futuro de cada um. Até agora, o Papa Francisco aceitou a demissão de sete bispos. Em 11 junho, o Papa Francisco aceitou as renúncias de três bispos: D. Juan Barros, bispo de Osorno (sul do Chile), de Cristian Caro Cordero (Puerto Montt), e de Gonzalo Duarte García de Cortazar (Valparaiso). Em 28 de junho, foram aceitas as renúncias dos responsáveis pelas dioceses de Rancagua e Talca. Em 21 de setembro, foram aceitas as renúncias de mais dois bispos: Carlos Eduardo Pellegrín Barrera (da diocese de San Bartolomé de Chillán) e do bispo Cristián Enrique Contreras Molina (da diocese de San Felipe).

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