Na tarde desta segunda-feira (24), duas representantes da APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia) de Santo Antônio de Jesus, Jucilane Barreto e Alécia Rego, estiveram em entrevista ao VB (Voz da Bahia), no programa Meio-Dia e Meia, e explicaram mais sobre a situação da categoria com relação ao reajuste do piso salarial, a vaga aberta na secretaria da educação e a sua chapa para a diretoria da instituição.
Jucilane coloca que acredita que o nome escolhido para assumir a vaga de secretário da educação tem que ser um nome de suma responsabilidade, “uma coisa é você conhecer o trabalho de alguém como professor, como colaborador, e outra coisa é você estar a frente de uma secretaria. É uma das pastas que temos muitos problemas de anos e que devem ter todo um reordenamento de rede para ser resolvido. Mas, é realmente uma situação muito complexa e que espero que o prefeito Genival Deolino para dizer se seria um bom nome para a educação ele tem que conhecer mais a fundo o trabalho de cada um. Tem alguns nomes da educação, de pessoas que conhecemos o trabalho como professor e não sabemos até aonde vai à condição de suma responsabilidade para um cargo desse. Tem pessoas que sabemos que são muito envolvidas politicamente e isso é perigoso. Nós, do sindicato não tivemos nenhum problema com a professora Renilda Barreto (ex-secretária de educação), falo isso aqui e em qualquer lugar. Toda a negociação que tivemos, a sensibilidade da professora Renilda com a educação, no que tange vários fatores, mas com relação ao cumprimento da lei, do piso, ninguém nunca defendeu na educação como ela. O reajuste federal do ano passado de 33%, o reajuste desse ano, ela deixou claro, junto a gestão, o tempo todo que lei é para ser cumprida, respeitada e que a categoria deve ser valorizada. O que faltou da professora Renilda foi estar mais perto da classe, ser mais humana com os colegas, por isso a rejeição”, revela.
Sobre a retirada do projeto de aumento do salário da categoria pelo prefeito Genival Deolino, Jucilane aponta que, “fomos surpreendidos na segunda-feira (17/04) quando, na hora da votação, o projeto foi retirado da Câmara de Vereadores, sendo que este acordo já tinha sido feito desde o mês de março com a administração municipal. O prefeito não estava presente, mas deu condição para os seus secretários. Trouxemos um técnico e ele deixou claro para nós, tanto para a APLB quanto para a administração, ele disse que pode se ter condição de pagar hoje, mas ano que vem não paga mais. Ou tenta organizar a folha, ou não vai se conseguir pagar. Santo Antônio hoje, o FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) é para pagar a folha, então tem algo de errado que temos que ver. E não é de agora, desde a época do ex-prefeito Rogério Andrade (MDB) que percebemos, e chamamos a atenção dele. Não dá para se negociar o piso como se negocia o salário mínimo, existe um ganho real, que é uma luta de anos para se conseguir o piso, como a enfermagem está conseguindo agora, e se não tiver cuidado vai acontecer o que está acontecendo conosco. Contudo, a paralização dos professores prossegue até entrarmos em um acordo com a gestão municipal”, expôs.
Jucilane e Alécia explicam mais sobre a sua chapa para a diretoria da APLB Sindicato e afirmam que é um conhecimento a mais para o que elas já carregam, “já componho a chapa única com Juci, ela como diretora e eu vice-diretora da APLB. Sou muito inquieta e gosto desse movimento de estar buscando o melhor para nossa educação”, discorre Alécia.
Reportagem: Voz da Bahia