Passageiros de Salvador reclamam do aumento na tarifa do ônibus: ‘Quem sobra somos nós’

Foto: reprodução/tv bahia

Usuários do transporte público por ônibus de Salvador reclamaram do aumento da tarifa, que a partir desta segunda-feira (26) passou a ser R$ 4,40. Os passageiros destacaram não ser justo o reajuste em um momento de pandemia.

Para o carpinteiro Antônio Carlos, as pessoas que estão desempregadas serão as mais prejudicadas. “R$ 4,40, imagine só? Quem está desempregado? Quem está empregado é maravilha, porque tem seu cartão. E quem está desempregado?”, questionou.

O gerente de restaurante Vinícius Lacerda também não gostou do aumento da tarifa. Para ele, os pagadores de impostos serão os prejudicados. “As pessoas que são autônomas são as que mais serão impactadas, os estudantes – apesar de que agora não voltou [as aulas], mas quando voltar, o valor vai estar mais alto. Quem sobra somos nós, os pagadores de impostos”, afirma.

Já Valdemir Santos, auxiliar de cozinha, destacou o mal serviço oferecido pelas empresas de ônibus. “O ônibus só pego lotado, não tem ventilação. O ônibus novos não botaram ar-condicionado, não funciona, e não mudou nada. Só faz aumentar [a tarifa]”, falou.

Uma passageira, identificada como Marlene, lamentou o aumento na tarifa e pediu mais consciência dos governantes. “Fazer o que, né? Tem que pagar. Não tem jeito. A gente não vai poder fazer nada, porque eles não vão respeitar. Se nossos governantes tivessem um pouco de consciência e pensasse mais no ser humano, pincipalmente nas pessoas que pegam ônibus”, desabafou.

Para um outro passageiro, o momento de pandemia não seria o ideal para um reajuste na tarifa do ônibus. “Não seria o momento, até porque está tudo aumentando, tem essa pandemia aí, muita gente desempregada, sem dinheiro. Tem que melhorar o sistema de transporte, né? Muitos ônibus não estão rodando, tão diminuindo linha”, falou.

A partir desta segunda tarifa de ônibus em Salvador passou de R$ 4,20 para R$ 4,40. O aumento de R$ 0,20 representa um percentual de reajuste de 4,76%. (Fonte: G1)

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