Pesquisa indica que cibersegurança ainda não atingiu grau de maturidade elevado

Foto: Divulgação/Pixabay

A 3ª Pesquisa de Cibersegurança da Tempest apontou que o Brasil ainda não atingiu um grau de maturidade suficiente quando o assunto é cibersegurança. Segundo levantamento, quando comparado a países desenvolvidos, o país ainda está atrás em termos de velocidade de migração para novas tecnologias, orçamento e maturidade de gestão e governança do tema. As informações são da Folha de S.Paulo.

Em 2021, lojas do país, como Renner, Americanas e Fast Shop, e órgãos públicos, como o Ministério da Saúde, foram vítimas de ataques digitais.

De acordo com pesquisa da Tempest, realizada junto com o Datafolha, 82% das empresas contam com até cinco funcionários dedicados à cibersegurança. Entre as grandes empresas, com mais de 500 funcionários, 60% têm uma equipe desse porte, sendo 36% com três a cinco pessoas e 24% com até duas.

“De forma geral, é um número ainda insuficiente. O mercado não está atendendo ao tamanho da necessidade, mas está muito melhor do que era há um tempo”, afirmou Lincoln Mattos, CEO da Tempest. Hoje, o orçamento é a principal barreira para investir em cibersegurança para 65% das empresas, seguido de desafios tecnológicos (56%) e questões culturais (52%).

A pesquisa mostra também a importância do trabalho dos CISOs, diretores de segurança da informação, na sigla em inglês, onde hoje apenas 30% das empresas contam com o cargo.

De acordo com Mattos, o avanço da presença dos CISOs nas empresas nos últimos cinco anos é um sinal de maior maturidade do mercado.

Em relação ao orçamento anual para cibersegurança, a média de no segmento financeiro é de R$ 1,8 milhão, nos demais setores é de menos da metade, R$ 747 mil.

No entanto, para bancos e instituições financeiras, os orçamentos são mais fortes por causa da incidência de ataques hackers. 50% das empresas foram vítimas de ofensivas nos últimos 12 meses, com prevalência de ransomware e malware. (bahia.ba)

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