Pesquisador de fake news atribui propagação de boatos a ‘preguiça de pensar’

Foto: Divulgação / Universidade de Waterloo

O Brasil é apenas mais um dos países em que as fake news tiveram um grande impacto nos resultados eleitorais . Estados Unidos, Reino Unido e França fazem parte dessa lista. O terremoto político causado pela divulgação de notícias falsas ao redor do mundo levou especialistas das mais variadas áreas a tentar entender o fenômeno e adotar medidas para mitigá-lo. Publicado em março deste ano na revista “Science” e assinado por 16 especialistas, o artigo “The Science of Fake News” (“A ciência das fake news”, em tradução livre) faz um apanhado do que foi descoberto até agora. Apesar de admitir que as fake news causam um grande impacto, principalmente na política, os pesquisadores ainda tentam entender qual o efeito causado por elas nos eleitores. “A avaliação do impacto de médio a longo-prazo da exposição às fake news no comportamento político é praticamente inexistente”, admitem, no estudo. Com passagens pelas universidades de Yale, nos Estados Unidos, Waterloo e Regina, no Canadá, o professor de Psicologia Gordon Pennycook é um dos que assinam o estudo publicado na “Science”. Nos últimos anos, ele vem tentando responder a uma simples pergunta: por que as pessoas acreditam em fake news? A conclusão de Pennycook é polêmica: as pessoas têm preguiça de pensar. Em conversa com O GLOBO, Pennycook defende sua teoria: – Uma pessoa pode ser muito inteligente, mas se ela não está disposta a questionar suas próprias intuições, ela não será muito esperta”, explica o autor de “Lazy, not biased” (Preguiçoso, não enviesado). (O Globo)

 

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