A Polícia Federal abriu inquérito para apurar o vazamento da investigação sobre o ataque hacker sofrido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fato usado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para levantar a tese de fraude na eleição de 2018. A divulgação da tese foi apresentada em entrevista no dia 4 de agosto e durante a live semanal realizada pelo presidente.
A PF investiga a responsabilidade pela divulgação dos documentos e também como o deputado Filipe Barros (PSL-PR), relator da PEC do voto impresso, soube da existência do caso sigiloso em andamento no órgão.
A apuração foi solicitada pelo TSE e sua abertura foi ordenada por Alexandre de Moraes. O ministro do STF entendeu que o caso tem relação com o inquérito das fake news e se manteve como relator do caso.
Bolsonaro acessou os dados sobre o ataque ao sistema do TSE porque Filipe Barros fez um pedido de acesso à investigação ao delegado Victor Feitosa Campo, da superintendência da PF no DF.
Ao pedir a investigação, Moraes afastou o delegado da apuração. Campo também será alvo de uma investigação interna na PF e deverá, assim como Barros, ser ouvido no inquérito. O crime investigado é a “divulgação de segredo com potencial prejuízo para a administração pública”. O Painel perguntou ao deputado como soube da existência do caso, mas não obteve resposta. (Metro1)