Pfizer: comprimido antiviral reduz risco de Covid-19 grave em 89%

Foto: Divulgação/Pfizer

A Pfizer anunciou nesta sexta-feira, 5, que sua pílula antiviral experimental contra Covid-19 reduz as taxas de hospitalização e morte em quase 90% em adultos mais vulneráveis . Um remédio semelhante da concorrência Merck já está em análise na Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora sanitária dos Estados Unidos, depois de mostrar bons resultados iniciais. Na quinta-feira, o Reino Unido tornou-se o primeiro país a aprová-la.

A Pfizer disse que pedirá à FDA e aos reguladores internacionais que autorizem sua pílula o mais rápido possível, após especialistas independentes recomendaram interromper o estudo da empresa com base na força de seus resultados. Assim que a farmacêutica se inscrever, a agência poderá tomar uma decisão em semanas ou meses. Se autorizada, a empresa venderia o medicamento sob uma marca Paxlovid.

No estudo com 775 adultos, os pacientes que receberam o medicamento com outro antiviral logo após mostrar os sintomas de Covid-19 tiveram uma redução de 89% em sua taxa combinada de hospitalização ou morte após um mês, em comparação com aqueles que tomaram placebo. Menos de 1% dos pacientes que tomaram o medicamento precisaram ser hospitalizados e ninguém morreu. No grupo de comparação, 7% foram hospitalizados e ocorreram sete mortes.

Os participantes do estudo não foram vacinados e estavam com Covid-19 nível moderado, e foram considerados de alto risco para hospitalização devido a problemas de saúde como obesidade, diabetes ou doenças cardíacas. O tratamento começou dentro de três dias dos sintomas iniciais e durante cinco dias. Os pacientes que recebem a droga mais cedo resultados melhores, ressaltando a necessidade de testes e tratamento rápido. A Pfizer relatou poucos detalhes sobre os efeitos colaterais, mas disse que os problemas de eram semelhantes entre os grupos em cerca de 20%.

As principais autoridades sanitárias do mundo continuam a enfatizar que a vacinação continuará a ser a melhor maneira de proteger contra a doença. Mas, com dezenas de milhões de adultos ainda não vacinados, eficazes e fáceis de usar serão essenciais para conter as ondas futuras de doenças. (Veja)

google news