O secretário municipal da Saúde, Léo Prates, falou da demora da vacinação das doulas (trabalhadores que assistem os partos e acompanham as gestantes) durante toda esta segunda-feira (19), em Salvador. De acordo com o titular da pasta, o rigor na exigência da documentação é “para evitar fraudes e comprovar que os profissionais exercem as atividades”. A declaração foi dada durante o Jornal da Cidade, na Rádio Metrópole, comandado por Chico Kertész, James Martins e Danielle Campos.
“Tem casos da gente ter relatos de profissionais recebendo dinheiro na mão… Pra você ser vacinado, eu preciso que você comprove que você trabalha naquela atividade. Como comprovo se eu não tenho documento?”, disse.
A declaração rebate a queixa da Adoba (Associação de Doulas da Bahia), que reclama da “grande confusão” na fila de vacinação de prioridade no começo desta semana. De acordo com a associação, foi destacado ao Centro de Operações e Emergência em Saúde Pública (COE) que alguns quesitos que poderiam ser requeridos não condizem com a atuação das doulas. Mesmo assim, estão sendo exigidos documentos que as profissionais não possuem.
“Desde o início de fevereiro de 2021 que enviamos ofícios, emails e realizamos telefonemas, a fim de acordarmos com antecedência o protocolo de vacinação, bem como os documentos comprobatórios que seriam exigidos na imunização das Doulas contra a Covid-19”, disse a presidente da Adoba, Tarsila Leão.
Tarsila também se queixou que várias trabalhadoras se deslocaram até os postos de vacinação e não puderam receber a aplicação da primeira dose. “Eles [a prefeitura] fizeram a divulgação chamando as doulas na sexta-feira passada. A gente enviou a lista para o cadastro e eles não tinham botado a lista no sistema, por isso muitas doulas foram barradas”, completou. (Metro1)