O prefeito da cidade de Antas, no nordeste baiano, Sidonio Nilo (PSB), foi fotografado recebendo a primeira dose da vacina em combate ao Coronavírus e moradores reclamam que ele não faz parte do grupo prioritário para receber o imunizante. O caso ocorreu na terça-feira (19).
Sidonio tem 72 anos, o que não enquadraria entre o grupo. A recomendação é que a vacina seja aplicada em idosos a partir de 75 anos e residam em casas de acolhimento. No entanto, segundo a prefeitura, ele recebeu o imunizante por também ser profissional da área de saúde.
Segundo a nota da Vigilância Epidemiológica do município, ele atua aos finais de semana como médico plantonista do Hospital São Marcelo. E, por isso, está apto a ser imunizado dentro dos critérios, não por causa do cargo eletivo que ocupa.
A nota reitera que Sidonio foi a segunda pessoa vacinada na cidade, e reforça o empenho do combate ao coronavírus.
Sidonio Nilo foi reeleito no ano passado, com 70,3% dos votos válidos, e vai comandar a cidade até 2024. Este é o quarto mandato do médico à frente da gestão municipal.
Outros casos
O chefe de gabinete da prefeitura de Prado, no sul da Bahia foi vacinado também na terça-feira (19), contra a Covid-19, mesmo sem estar no grupo prioritário para receber o imunizante, de acordo com denúncia de moradores. A prefeitura justificou, do mesmo modo que o prefeito de Antas, que o servidor é profissional da Saúde do município.
Em Candiba, o próprio prefeito foi flagrado tomando a primeira dose do imunizante, também estando fora dos grupos prioritários. A imagem foi registrada e divulgada também na conta oficial da prefeitura no Instagram. O Ministério Público abriu um processo para investigar a conduta do chefe do Executivo.
Além deles, servidores da Saúde de Vitória da Conquista, no sudoeste do estado, que não faziam parte das pessoas aptas a receber a vacina nesta fase, foram denunciados por falsificarem documentos para tomar a aplicação.
A prefeitura identificou a rede hospitalar responsável e afirmou que adotaria o procedimento necessário para responsabilizar a empresa e os profissionais que fraudaram a documentação para tomar a dose irregularmente.