A prefeitura de Vitória da Conquista, no Sudoeste, tomou a decisão de afastar três servidores da secretaria de saúde local, conforme publicado em edição extra do Diário Oficial do Município nesta quinta-feira (25), com um período de afastamento estabelecido em 180 dias. Entre os afastados está Ana Maria Ferraz de Oliveira, ex-diretora de vigilância em saúde.
O quarto indivíduo envolvido seria a ex-secretária de saúde Romana Cerqueira, que não possui mais vínculo com a pasta ou com a prefeitura. Até o momento, nenhum dos suspeitos foi detido. Os quatro estão sob investigação no âmbito da Operação Dropout, conduzida pela Polícia Federal (PF).
A operação tem como foco a suspeita de superfaturamento na ordem de R$ 677 mil em aquisições de testes de detecção de antígenos do SARS-CoV-2 pelos métodos de fluorescência e imunocromatografia em 2020. A denúncia foi feita no ano passado. Em entrevista coletiva realizada nesta quinta, o delegado Rodrigo Kolbe detalhou que as irregularidades ocorreram na secretaria de saúde, que possuía autonomia financeira e administrativa, permitindo que os investigados manipulassem as compras.
Os contratos eram realizados por meio de dispensa de licitações, utilizando cotações direcionadas a uma empresa localizada em Belo Horizonte. Essa empresa tinha laços com uma pessoa próxima à então diretora de Vigilância em Saúde municipal.
Além das ações em Vitória da Conquista, os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em Salvador, onde foram apreendidos R$ 123 mil em espécie, além de valores em moeda estrangeira (euro e dólar) e carros de luxo, e nas cidades mineiras de Belo Horizonte e Nova Lima.
A operação em Conquista foi acompanhada com as informações do Blog do Anderson.