Psicóloga cristã rebate artigo de pediatra que naturaliza a “masturbação infantil”

© iStock

O jornal O Globo publicou uma matéria no último domingo (5) fazendo um questionamento aos pais: “Por que a masturbação infantil é ainda um tabu?”, questiona a manchete do artigo escrito pela médica pediatra Perri Klass, originalmente publicado no editorial americano New York times.

No artigo, Perri faz a seguinte colocação: “Vamos ser sinceros, a masturbação pode ser realmente divertida, mas acaba sendo um assunto que muitos pais se sentem constrangidos em discutir com seus filhos.”

Em tom de incentivo à prática da masturbação, a pediatra segue com seu artigo retratando o ato sexual como algo “normal” e “saudável”, chegando a dizer que o único problema seria “se envolver outras crianças sem o consentimento delas”, dando a entender, portanto, que seria normal crianças poderem masturbar umas às outras.

Psicóloga cristã reage

A psicóloga cristã Marisa Lobo, autora de vários livros na temática familiar, reagiu ao artigo publicado pelo Globo. Segundo a especialista em saúde mental, é um erro atribuir a prática da masturbação ao universo infantil.

“Masturbação é o ato de manipular um órgão sexual em busca de satisfação erótica. Por que eu e outros autores conservadores afirmam que crianças não se masturbam? Por que a manipulação que a criança faz dos seus órgãos genitais não tem como objetivo-fim a satisfação sexual”, diz Marisa.

Segundo a psicóloga, o que alguns enxergam como masturbação, na verdade, “se trata do simples ato de explorar o seu próprio corpo; uma descoberta!”. Ou seja, uma prática que, para a criança, não possui conotação sexual, tal como existe entre os adultos.

“A sensação de prazer fisiológico provocada pela manipulação dos genitais é a consequência de uma descoberta corporal, esta sim natural, que nada tem a ver com a masturbação em seu sentido sexual”, explica Marisa Lobo.

A psicóloga cristã explicou que o conceito de masturbação infantil teria surgido a partir das publicações do “pai da sexologia”, Alfred Kinsey, cujo trabalho foi “desmascarado” pela autora Judith Reisman no livro chamado Kinsey: Crimes & Consequences (em português, Kinsey: Crimes & Consequências).

Ativismo pedófilo

Ainda segundo Marisa Lobo, ao incentivar e retratar a “masturbação infantil” como algo com a mesma conotação sexual do universo adulto, pais e profissionais da área infantil estariam facilitando a ação de pedófilos.

“A grande verdade, no meu entender, é que o incentivo à ‘masturbação infantil’, como algo supostamente natural e saudável, é nada mais do que uma artimanha do movimento pedófilo para a sexualização precoce de crianças e adolescentes”, diz Marisa.

“O resultado disso pode ser desastroso. Como psicóloga, conheci criança, de 5 anos de idade, viciada em masturbação; inclusive, envolvendo crianças menores na escola, por exemplo”, alerta a psicóloga.

Por fim, Marisa Lobo explica que os pais não devem confundir as práticas sexuais típicas do mundo adulto com a fase de curiosidade e descobertas pessoais das crianças, o que também é diferente de “jovens maduros”.

“Não podemos confundir o desenvolvimento sexual de crianças, saudável e natural, em que a inocência e a exploração de si mesmo fazem parte, com conceitos e práticas do mundo adulto”, diz ela.

“Associar isso à masturbação que tem como objetivo fim a satisfação sexual é sexualizar o universo infantil, erotizar crianças e sujeitá-las ao abuso sexual”, conclui a psicóloga.

por Will R. Filho / Gospel +

google news