Pelo menos 47 migrantes desapareceram em alto-mar, na costa da Mauritânia, e estão, provavelmente, mortos, afirmou nesta terça-feira, 17, um responsável da Organização Internacional para as Migrações (OIM), acrescentando que há sete sobreviventes.

A embarcação partiu da região de El Aaiun (Saara Ocidental) em 3 de agosto, com destino às Ilhas Canárias, mas teve uma pane no motor e ficou à deriva por quase duas semanas, informou à AFP o responsável da OIM, Nicolas Hochart.

A Guarda Costeira mauritana detectou a embarcação na segunda-feira na costa de Nuadibú (oeste), afirmou Hochart.

Um total de 54 pessoas, entre elas duas crianças de menos de 3 anos e uma adolescente, estavam a bordo no início, afirmou com base nos depoimentos dos sobreviventes. Os desaparecidos são da África Ocidental, acrescentou, sem mais detalhes.

“Se tudo ocorrer bem, a viagem costuma durar no máximo alguns dias (…). Quando o motor quebrou, ficaram sem reserva” de água e de alimentação, destacou.

Esta rota atlântica da costa oeste da África até as Ilhas Canárias, porta de entrada para a Europa, costuma ser tomada todo ano por milhares de migrantes em pequenas embarcações.

A travessia é perigosa. Cerca de 300 pessoas morreram ou desapareceram desde o início de 2021 na “rota atlântica”, informou o responsável da OIM. (A Tarde)