Remédio de Joice Hasselmann oferece risco de queda grave e amnésia

A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) disse que, na madrugada de 18 de julho, quando sofreu diversos ferimentos no rosto e no corpo, tomou o remédio para insônia chamado Stilnox, cujo princípio ativo, o zolpidem, pode ocasionar quedas graves. Na bula do medicamento há alertas importantes que estão sendo levados em consideração pelos investigadores.

Diz a bula: “Devido às suas propriedades farmacológicas, o zolpidem pode causar sonolência e diminuição do nível de consciência, que pode levar a quedas e, consequentemente, a lesões severas”.

O informativo também traz outras reações importantes para tentar ajudar a elucidar o caso envolvendo a deputada. “Este medicamento pode causar sonambulismo ou outros comportamentos incomuns (como dormir enquanto dirige, se alimenta, faz uma ligação de telefone ou durante o ato sexual, etc.) enquanto não está totalmente acordado. Alguns destes comportamentos têm sido associados a ferimentos graves e até morte.”

Com destaque para o seguinte alerta: “Na manhã seguinte, você poderá não lembrar o que fez durante a noite. Essas atividades podem ocorrer se você ingerir ou não álcool junto com Stilnox CR ou tomar outros medicamentos que o deixem sonolento”.

Em entrevista em primeira mão ao SBT, a deputada afirmou não acreditar em reação ao remédio contra insônia, já que ela consome o medicamento “há vinte anos”. Entretanto, especialistas consultados pela reportagem indicam que reações adversas podem acontecer mesmo com quem utiliza o produto com frequência, quando combinado com álcool, com outros medicamentos e até mesmo sem nenhum tipo de combinação.

Relembre o caso

Na madrugada de 18 de julho, a deputada Joice Hasselmann narra ter acordado no chão, em uma poça de sangue, com cinco fraturas no rosto, uma nas costas, machucados pelo corpo e dois dentes quebrados sem se lembrar do que aconteceu. No início, ela cogitou um acidente doméstico, uma queda. Depois de realizar exames e ver a gravidade da situação, passou a suspeitar que sofreu um atentado. 

A Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados e a Polícia Civil investigam o caso.

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