Resenha Rubro-Negra – É se superar de novo

Na ausência de Rafinha, Eduardo, que iniciou o ano como 2º volante, pode até fazer uma nova função - Foto: Pietro Carpi | EC Vitória

Não tem nada perdido, como já pareceu em algumas oportunidades ao longo do campeonato

O momento é hiper delicado. Mais, inclusive, do que após o sapeca sofrido para o Figueirense, na segunda rodada desse quadrangular final da Série C. Mas não tem nada perdido, como já pareceu em algumas oportunidades ao longo do campeonato. Por isso, tem muita gente acreditando, como os quase 25 mil pagantes que foram ao Barradão no último domingo para ver o empate em 0 a 0 com o ABC, equipe que o Leão precisará vencer amanhã para reacender as suas chances de acesso à Série B.

Nessa semana muito tem se falado sobre o desempenho do time, que caiu nos últimos dois jogos. Eu diria que o Vitória não foi aquele que nos acostumamos a ver nos últimos tempos apenas na goleada sofrida em Florianópolis. Quem assistiu ao último jogo viu um Rubro-negro que teve absolutas chances de vencer, mas esbarrou na falta de pontaria na hora de matar o jogo. O mesmo valeu para a equipe potiguar, que ficou bem demais na briga para conseguir uma das duas vagas do grupo. Amanhã é mais uma final.  

Com a corda no pescoço precisando vencer, o Vitória já mostrou nesta Série C que tem condições de bater equipes fortes fora de casa. Assim fez contra o invicto São José-RS na reta final da primeira fase, e repetiu a dose contra o líder Mirassol, um dos resultados mais importantes na incrível arrancada que culminou com uma classificação que parecia tão distante. Pois bem, chegou o momento do time de João Burse se superar de novo.  

Em Natal, o Leão terá a missão de calar 15 mil abecedistas que já esgotaram os ingressos para a decisão no Frasqueirão. Problemas para a partida o Vitória tem. A equipe iniciou a semana com três titulares entregues ao departamento médico: Marco Antônio, Guilherme Lazaroni e o artilheiro do Leão na atual temporada com 8 gols, Rafinha, que teve lesão detectada na coxa e nem deve  viajar a Natal. Desfalque importantíssimo dada a complexidade do momento no campeonato.  

Escolhido para conceder entrevista ao longo da semana, o meia Eduardo, titular em 10 das 11 partidas do Vitória sob o comando de Burse, e com contrato renovado até o final de 2025, deixou uma mensagem de otimismo: “Quem conhece o Vitória sabe que jamais pode desacreditar desse clube”, frisou o jovem jogador e peça-chave no encaixe do time rubro-negro. Na ausência de Rafinha, Eduardo, que iniciou o ano como segundo volante e vem jogando como camisa 10, pode até fazer uma nova função na equipe. É aguardar.  

Por falar em espera, falta pouco mais de uma semana para a eleição do Vitória, que tem quatro candidatos inéditos ao posto mais importante do clube. Bem conhecido será o presidente da Comissão Eleitoral. Presidente do Leão entre o final de 2013 e março de 2015, Carlos Falcão foi convocado para presidir a comissão por ser o conselheiro com maior tempo de associação, como  determina o Estatuto do clube.  

O fato ocorreu após uma denúncia da Frente Vitória Popular, que alegou ilegalidade, imoralidade e parcialidade dos ex-membros do Conselho Eleitoral. A chapa, que tem apoio do ator e rubro-negro Wagner Moura, traz como candidato à presidência o servidor público federal José Guerra. O atual presidente Fábio Mota, o economista Ângelo Alves e Victor Mendes são os demais postulantes ao cargo. O pleito está marcado para o dia 17, e para ser eleito no primeiro turno, o candidato precisa ter mais de 50% dos votos. válidos. Caso o mais votado não alcance esse percentual, será realizado o segundo turno. Que o Vitória vença no final.  

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