Nesta sexta-feira (23/9), acontece uma reunião informal entre diretoria e conselheiros do Esporte Clube Bahia para apresentar a proposta do Grupo City, que tem a intenção de comprar o Tricolor. Na reunião, marcada para às 19h, no Museu Tricolor na Arena Fonte Nova, em Salvador, o presidente Guilherme Bellintani e seus pares irão mostrar os planos dos empresários e o debate será aberto para analisar o negócio.
A partir daí, o Conselho fará um parecer com uma recomendação sobre a proposta de compra da SAF: os sócios votam pela aprovação ou não da venda da empresa. Se tudo der certo, a intenção é que o City comece a operar o futebol do Bahia em 1º de janeiro de 2023.
De acordo com o UOL, entre as principais condições para o negócio são: pagamento integral e imediato da dívida do clube, investimento mínimo anual no futebol e plano de estar habitualmente na Libertadores.
O anúncio da proposta da SAF foi feito pelo Bahia na última terça-feira (20/9). Ainda segundo o UOL, o grupo City se propõe a comprar 90% da SAF do Bahia, sendo que os 10% restantes continuam com o clube.
Pela Lei da SAF, isso significa que o Bahia terá a ‘golden share’ que lhe permite veto sobre mudanças de nome, cores, cidade, uniforme, etc. Aliás, o Bahia continuará a se chamar Bahia, sem o acréscimo do City. O acordo prevê que o grupo City quite integralmente a dívida do Bahia de imediato. O valor levantado é em torno de R$ 260 a 270 milhões.
Ainda segundo o UOL, há uma previsão de investimento mínimo anual no futebol do Bahia por parte do City. Esse valor, que não foi divulgado, é correspondente a um orçamento de time na primeira metade da tabela do Brasileiro, isto é, entre os dez primeiros. Não há uma meta esportiva fixada porque o entendimento é de que seria difícil penalizar por não cumprimento.
Dentro do planejamento traçado por Bahia e City, o time deve se tornar um frequentador habitual da Libertadores. Para isso, a aposta é que, mesmo não sendo um dos principais orçamentos do país, o Bahia contará com a gestão esportiva eficiente do City.
Estão incluídos aí o know-how e a tecnologia envolvida na administração do grupo para o futebol. Esse é considerado o grande trunfo da parceria: o time fará mais com o mesmo dinheiro. A ideia é que o projeto esteja consolidado em 15 anos.
SEGUNDO TIME
Dentro do grupo City, o Bahia terá o segundo investimento no futebol, abaixo apenas do Manchester. Mas se considerarmos outros projetos, o valor também será inferior ao do New York City, pois o grupo investirá na construção de um estádio para o time dos EUA, que supera o valor total destinado ao Brasil.
Desconsiderado isso, o investimento no Bahia no futebol em si será maior. Portanto, a diretoria considera que a promessa seja de que o clube se torne o segundo time do grupo, depois do Manchester City.
O City tem dez times pelo mundo, sendo um na América do Sul: o Montevideo City Toque. O Bolivar é um time parceiro. Com o Bahia na Libertadores, o Montevideo não poderá participar do torneio.
Outra vantagem é contar com trocas entre jogadores do grupo que podem ocorrer desde que de forma onerosa. Há regras da Fifa contra empréstimos ilimitados dentro de complexos de grupos. (Aratu On)